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Manifestantes voltam a interditar Terminal Urbano

A entrada do Terminal Urbano de Rio Branco voltou a ser interditada ontem (10) por representantes de entidades sindicais. Protestos do gênero vêm ocorrendo, há dois meses, em virtude da demissão de seis integrantes da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Passageiros e Cargas  do Acre (Sinttpac), incluindo a presidente Celina Ferreira.
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A concentração no local começou por volta das 8h da manhã, quando os manifestantes decidiram realizar blo-queios intercalados, com duração de cinco minutos cada. A muralha humana funcionou e, por três vezes, num intervalo de duas horas, os ônibus tiveram que ficar estacionados na entrada do Terminal aguardando o protesto acabar.

Munidos de faixas e com um carro de som, os sindicalistas aproveitaram para esclarecer à população os motivos do ato. O presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) no Acre, José Chaves, informou que o movimento conta com o apoio de 3 centrais sindicais, de vários sindicatos do Estado e até lideranças indígenas. “Isso só demonstra a unidade das entidades sindicais no Acre”, ressaltou.

Conforme José Chaves, além dos diretores do Sinttpac, foram demitidos mais de 60 servidores por motivos diversos, mas que as entidades suspeitam terem ligação com o movimento grevista. “Não vamos recuar, os protestos só serão suspensos após ser encontrada uma solução definitiva para essa questão”, garantiu.

Empresários esclarecem as seis demissões na Câmara Municipal
Por pressão sindical, os empresários do setor foram convocados para prestar esclarecimentos aos vereadores de Rio Branco, no fim da manhã de ontem. O gerente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Acre (Sindcol), Sérgio Pessoa, compareceu acompanhado de representantes das 4 empresas que exploram a atividade na Capital. Ele trouxe consigo uma pilha de documentos, encadernados em forma de dossiê.

Antes de entrar em plenário, o gerente conversou com os jornalistas e admitiu que seis das demissões efetuadas pelas empresas tem relação com o movimento grevista. Porém, segundo Pessoa, elas estão amparadas pela decisão judicial que considerou a paralisação da categoria abusiva e ilegal. As demais, justificou ele, foram efetuadas por motivos diversos e fazem parte da rotina das empresas. “É uma questão judicial”, frisou.

O gerente do Sindcol também disse desconhecer o acordo que teria sido feito na presença da Superintendência de Transportes e Trânsito de Rio Branco (Rbtrans), no qual as empresas se comprometiam em não demitir trabalhadores caso o movimento grevista fosse suspenso. “Todos os acordos que nós fizemos com o sindicato estão consignados em ata, desconheço esse entendimento”, concluiu. Durante a sessão, a maioria dos vereadores se pronunciou pedindo às empresas que reconsiderassem as demissões. (D.A.)

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