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MPE faz inspeção surpresa na Fundhacre

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A promotoria de Cidadania e Saúde Pública do Ministério Público Estadual (MPE) fez uma inspeção surpresa à fundação hospitalar (futuro Hospital das Clínicas do Acre). A visita foi realizada na manhã e tarde de ontem (24), das 10 até as 14h, por uma equipe composta pelo promotor Rogério Voltolini e mais 3 fotógrafos e auxi-liares da referida promotoria.

A vistoria não começou bem! Na portaria da unidade, a equipe do MP teria começado a realizar a inspeção sem se identificar, o que fez os servidores da Fundhacre indagarem seu objetivo. A abordagem gerou certo desconforto, pois a equipe do MP alegou estar sendo ‘barrada’ de fiscalizar o local. A diretora da Fundhacre, Veruska Bezerra, garantiu que tal ‘bloqueio’ não existiu e que o grupo teve acesso total logo após se identificar. Esclarecido o mal entendido, o promotor e sua equipe efetuaram as vistorias, acompanhados da diretora.    

A inspeção foi motivada após o registro de denúncias de diversas naturezas ingressadas no MPE. Entre algumas delas, estão: insuficiência das consultas realizadas por hospitais em face da demanda de usuários (gerador das demoras); dificuldade no agendamento de consultas; casos de atendimentos ruins e maus-tratos; carência de médicos para algumas alas; falta de medicamentos básicos; ausência de doutores; equipamentos danificados e profissionais cumprindo carga horária excessiva (alguns até mais de 80h por semana).

É importante destacar que tais denúncias são generalizadas para todas as unidades de Saúde (em especial, da rede básica) do Estado, portanto, não são direcionadas especificamente para a Fundhacre ou qualquer outra instituição. Tanto é que a promotoria deve continuar nos próximos dias com tais inspeções nas UPAs e outras unidades hospitalares acreanas.        

Segundo o promotor Rogério Voltolini, a visita objetivava constatar a veracidade (ou não) destas denúncias, além de avaliar a qualidade dos serviços de tal complexo hospitalar. Parte das acusações colhidas no MPE já teriam gerado 3 processos, os quais o promotor não especificou de qual natureza são, nem contra quem são destinados. Ele só disse que os tinha unificado em apenas 1 processo e o estaria apurando.

O promotor também não prestou maiores detalhes da avaliação à Fudhacre. Por sua vez, a diretora Veruska Bezerra detalhou que a promotoria não havia lhes relatado, pelo menos durante a visita, nada de irregular. Segundo ela, a equipe do MP verificou denúncias de uma suposta máquina quebrada na ala de tomografia, da falta de medicamentos básicos e de horários dos profissionais do hospital. “Mostramos os remédios que eles solicitaram, o promotor conversou com o nosso plantonista e também o levamos para ver a máquina em questão. Portanto, não ficou constado ou apresentado nada de oficial para nós”, finaliza Veruska.    

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