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Obra é apresentada pelo defensor Valdir Perazzo

O texto de apresentação foi confiado ao defensor público, Valdir Perazzo. “Apresentar quem? A obra ou o autor? Nunca vi algo tão parecido um com o outro. Ao ler cada texto do livro surge em minha mente à imagem daquele jovem que conheci há mais de década falando como se tivesse se banhado em alguma fonte de encantamento”, diz Perazzo.

Perazzo define Sanderson como um encantador platéias. “Vir bônus, o homem de bem, dicendi peritus, que sabe falar, assim os antigos conceituavam o advogado. Assim é o Sanderson Moura em sua inteireza, enérgico, destemido, carismático, argumentador implacável”, destaca.

“Sanderson Moura enobrece a advocacia e nos convoca a sermos homens de bem, amantes da verdade e assíduos defensores da vida. De forma singela e veemente, seu livro nos mostra que a essência da advocacia está na mesma essência transcendental do ser humano”, observa o advogado Márcio Dagnoni. O defensor público Gerson Boaventura completa: “a qualidade de sua retórica  é universal. Quem já o viu no júri sabe o que estou dizendo”.
Oito anos fazendo júri

Ao longo de oito anos – três como estagiário foram centenas de júris, muitos deles tendo como parceira a combativa Salete Maia. O mais importante deles, todavia, ocorreu no ano passado e durou três dias. Foi o júri da motosserra, como ficou conhecido o processo que apurou a morte do mecânico Agilson Firmino dos Santos, cujo réu principal era Hildebrando Pascoal.

Por esse crime, o coronel aposentado da Polícia Militar e ex-deputado federal foi condenado a 18 anos de prisão. Esse caso, em particular, dará origem a um segundo livro, por intermédio do qual o público poderá reviver e saber detalhes do caso. Sanderson também pretende escrever sobre as lições que aprendeu nos júris que perdeu. “As pessoas sempre falam das vitórias, mas são as derrotas que nos impulsionam a superação”, declara.

Aos 35 anos de idade, o advogado mantém a visão romântica da profissão, tal qual ainda nos tempos da faculdade. “Só entro num processo que seja compatível com a minha ética. Quando não pego é porque não foi compatível”, assegura. De acordo com o autor, o livro retrata a alma do advogado. “Se eu fosse promotor, seria o primeiro a comprar o livro, é uma grande chance de saber como o advogado pensa”, brinca. 

O lançamento acontece nesta quinta-feira, 2 de dezembro, Dia do Advogado Criminalista, às 19h30, no Memorial dos Autonomistas. A obra foi custeada com recursos próprios e será revendida ao preço de R$ 35,00. As ilustrações são de responsabilidade do chargista acreano Enilson Amorim, com impressão da NT-graf.

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