Operação desencadeada ontem, 18, pelo Ministério Público Estadual, através da Promotoria de Defesa do Consumidor e Polícia Civil e resultante de investigação, culminou com prisão em flagrante de Jorge Aurélio Barthelemy Curbera, de nacionalidade cubana, acusado de exercício ilegal da profissão e apreensão de computadores e documentos do Hospital Santa Casa de Misericórdia e de uma clínica.
O delegado Leonardo Santa Barbara, da Polícia Civil, acompanhado da promotora Alessandra Garcia Marques, da Promotoria de Defesa do Consumidor do MPE, e um representante do Conselho Regional de Medica do Acre (CRM), cumpriu mandados de busca e apreensão no Hospital Santa Casa de Misericórdia (HSCM) e em uma clínica que funciona no prédio do Sindicato do Comércio do Acre (Sincoacre).
A polícia busca indícios de derrame ilegal de exames admissionais e investigará morte de paciente em 2009.
Na Santa Casa de Misericórdia, foram apreendidos computadores, prontuários, notas fiscais de compra de medicamentos, receitas e outros documentos.
Na mesma unidade de saúde, foi preso em flagrante o médico Jorge Aurélio Barthelemy Curbera, que atuava sem o registro no CRM. Foi levado para a Delegacia Central de Flagrantes da 1ª Regional.
Segundo informações do delegado Leonardo Santa Barbara, o médico será encaminhado ao presídio estadual, pois já havia sido advertido de que não poderia exercer a profissão de médico no Brasil, pois não tinha diploma reconhecido no país e nem possuía CRM.
De acordo com denúncias, ele estaria realizando consultas e outros procedimentos e cobrava o valor de R$ 10 na consulta, quando os médicos credenciados cobram R$ 30.
A polícia investigará também as circunstâncias da morte de uma paciente que ocorreu em 2009, dentro da Santa Casa de Misericórdia. Além de denúncias da expedição de atestados de saúde ocupacional realizados por pessoas não credenciadas.
Em uma clínica, a polícia apreendeu dezenas de caixas de documentos e prontuários médicos. A suspeita é que um casal estaria trabalhando ilegalmente como médicos do Trabalho, sem, no entanto, possuir registros para exercer a função de forma legal.
De acordo com a promotora de Justiça, Alessandra Marques, os processos seguem em segredo de Justiça.