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Presidente da Copeve não crê em anulação e diz que nenhuma denúncia foi formalizada

Após a realização das provas do vestibular da Ufac, mais uma vez grupos de candidatos reclamam de terem sido ‘injustiçados’ ao prestar exame, realizado neste último feriadão, domingo (14) e segunda(15).
Vestibular_2011
Revoltados, eles exigem,como de costume, que o processo seletivo seja cancelado. Para elucidar tal questão, a presidente da Comissão Permanente de Vestibular(Copeve), Bianca Albuquerque, declarou que as chances de haver anulação das provas são remotas, já que poucos foram até a sala da comissão para reclamar.

Destes poucos, nenhum formalizou denúncia escrita na Ufac, que também não recebeu notificação oficial da Justiça (pelo menos, não até o fim da manhã de ontem).

Em outras palavras, pode ser um indicativo de que mesmo os reclamantes não levam tão a sério as chances de ter havido erros ou falhas na execução do vestibular. Enquanto não houver denúncia formalizada no papel, significa que não há nem hipótese de irregularidades.  

Ao todo, o processo teve mais de 29 mil inscrições,das quais cerca de 17.300 resultaram em candidatos que se submeteram às provas.

O gabarito preliminar sai hoje, com prazo para ser alterado mediante pedidos protocolados dos candidatos (questãos com respostas e perguntas erradas, ambíguas, incorretas, etc) em até 48h. O gabarito oficial sai no dia 24, quarta da semana que vem. O resultado final dos aprovados sai no dia 15 de janeiro.   

Segundo Bianca, as queixas mais comuns recebidas pela Copeve são a de vestibulandos barrados por mostrar documentos vencidos, bem como carteira de motorista (CNH) e de identidade (RG).

A professora contou que tais documentos não foram aceitos porque são legalmente inválidos, comparando a situação do vestibular com a de uma blitz. “Se um guarda te pára e você está com carteira vencida, não tem desculpa. É multa. No vestibular é igual”, diz.
 
As demais reclamações, cita a presidente da Copeve (que hoje já atua como Núcleo de Processo Seletivo, Nups), são referentes ao usual ‘denuncismo’ dos que chegaram após o fechamento dos portões e, ainda assim, alegam estar no horário, pessoas que acusam contradições entre os fiscais sobre as regras das provas e ainda aqueles que portavam relógios e outros equipamentos proibidos justificando desconhecer as regras do edital.

Sobre as acusações de que os fiscais teriam aceitado os documentos vencidos de uns e negado de outros, Bianca disse que elas não procedem e podem se tratar de enganos.

“O que pode ter acontecido é a pessoa ter chegado com sua CNH vencida, mas ter mostrado outro documento válido, como RG ou carteira de trabalho, e daí ter sido aceito. Mas, de maneira alguma, houve tratamento desigual e nem contradições dos fiscais”, explica.

Independente das acusações, a professora conta que este foi o vestibular mais tranqüilo e bem organizado desde 2008 (quando houve anulação porque certas provas constavam todas as disciplinas optativas de língua estrangeira, e outras não). Segundo ela, muitos candidatos ‘infelizmente’ ainda preferem culpar a Ufac (uma instituição de 35 anos de história) por cometerem erros no vestibular ao invés de assumirem seus próprios erros.

Assim, ela diz que a faculdade deve começar a entrar com representação judicial contra aqueles que fizerem acusações caluniosas e infundadas da atuação da Ufac no exame.   
 
Vestibulandos prestam reclamações no MPF – Sentindo-se lesados pela aplicação das provas do vestibular, aproximadamente 30 candidatos passaram a manhã e a tarde toda de ontem indo até o prédio local do Ministério Público Federal.

Conforme a Assessoria de Comunicação do MPF/AC, eles foram representar em desfavor do exame, a maioria acusando-o de tratamento desigual. Simplificando: o MPF ainda está colhendo os seus depoimentos para, depois, decidir se entra ou não com alguma ação contra o vestibular.

Segundo Bianca Albuquerque, a exemplo de anos anteriores, a Ufac prestará quaisquer esclarecimentos a respeito da realização do seu vestibular e estará preparada para aceitar e ouvir qualquer medida, orientação ou até mesmo intimação aplicada pelo MPF. 

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