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Professores adotam atitude sensata para negociar com governo

Em assembléia geral realizada na tarde da última terça-feira, 16, os professores licenciados da rede estadual, vinculados ao Sinplac, decidiram adotar uma posição mais ponderada no movimento sindical. A categoria optou, por maioria, aguardar as mudanças que o governo eleito fará na Secretaria Estadual de Educação (SEE) para negociar as pautas de reivindicações já com os novos gestores. Eles estenderam o prazo de negociações para definir acordos com o novo governo até o dia 30 de abril de 2011, véspera do mês de data-base (maio).
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Para a rede municipal, entretanto, as coisas são bem diferentes! Se as negociações com o novo governo seguem  em ritmo de calmaria, os professores municipais não deram o braço a torcer para a prefeitura. Na reunião realizada na noite de quinta da semana passada, 11, separada da estadual, a classe exigiu pressa e deu prazo para negociar até o dia 31 de janeiro do próximo ano. Caso a gestão municipal não se mostre suscetível a acordos, os docentes ameaçam atrasar o início do ano letivo de 2011, como forma de protesto.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Professores Licenciados do Acre (Sinplac), Alcilene Gurgel, a  espera dos educadores estaduais não significa um recuo, mas sim uma atitude de respeito à transição governamental. Além do que, não é prático para a classe começar a negociar com uma equipe e depois ter de voltar às nego-ciações do zero para evoluir no diálogo. Também não faz sentido forçar um acordo logo no começo da nova gestão.

Por sua vez, no âmbito municipal a presidente conta que a cobrança pela agilidade se dá pelo fato de que a classe já negocia há anos com os gestores do prefeito Angelim, sendo que não haverá transições na direção da Seme até 2013. Ela também explica que chegar a um acordo antes do início das aulas será bem mais positivo para o ano letivo de 2011, já que evita interrupções no calendário e na seqüência didática de ensino aos alunos.

Outros pontos importantes que ficaram definidos nas duas assembléias, detalha Alcilene Gurgel, foram as bandeiras de lutas da campanha sindical de 2011 do Sinplac. Segundo a sindicalista, todas as pautas já foram levadas à apreciação das classes. A nível estadual as principais são: reajuste salarial de 25% (inflação desde 2008 de 15%  + ganho real de 10%); o reenquadramento para ajeitar professores na letra certa; o rea-juste do PCCR; e a extensão do prêmio de Valorização e Desenvolvimento Profissional para todas as classes.

Em âmbito municipal, as maiores pautas são:a equiparação salarial com vencimentos do Estado (diferença menor nas primeiras letras e acentuada nas últimas); o reajuste salarial de 12%; cumprimento pela prefeitura da Lei 1.794, art. 68 (docentes formados no Ensino Superior devem permanecer na letra em que estão e não retornar à letra A); a celeridade nos depósitos do FGTS de professores; e o retorno da gratificação de regência de classe.  

Ao todo, o Sinplac totaliza um número entre 7,5 a 8 mil professores licenciados na rede estadual. Na municipal, o sindicato agrega entre 1,5 a 2 mil docentes em Rio Branco.      

 

 

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