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Rio Branco tem média de 200 a 300 notificações de dengue por semana

Para provar que não dará sossego até que a população a leve mais a sério, a dengue já começa a fechar os três últimos meses do ano em alta, com indí-cios de que pode vir a afetar Rio Branco em 2011 com uma epidemia ainda maior e mais grave que a deste ano. Com uma média acima de 200 casos notificados nas unidades de Saúde no mês passado, a doença já começa a adentrar novembro em ascensão, ultrapassando a marca de 300 notificações.
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Os números (tanto do início de outubro, quanto das últimas 2 semanas) já superam em mais de 5 vezes o que foi registrado pela vigilância epidemiológica (Dvea) da Secretaria de Saúde municipal no mesmo período de 2009. Outros dados preocupantes são: o índice rápido de infestação do Aedes aegypti com taxa de 6,5% (em 2009 era 3,9%; o normal seria menos de 1%) e o grande número de descasos populares com a vedação de caixas d’água (sendo que quase 91% de focos de criadouros concentram-se em tais recipientes).

Em outubro do ano passado, a dengue começou quase normalizada, na faixa entre 50 a 60 notas. Já em novembro (2009), com a chegada das chuvas, os valores dobraram, saltando para mais de 100 notificações. Na virada do ano, passaram a encostar na casa de 200 registros.

Em janeiro, veio o boom da dengue, que a deixou perto de mil notas e a elevou ao status de epidemia na cidade. De fevereiro até meados de março, os casos só cresceram mais e mais. A partir daí, houve uma estabilização até posteriores quedas, que ocorreram de  modo gradativo. Contudo, não chegaram à normalidade desejada (o que fez com que a Semsa mantivesse ativa a maior parte das ações reforçadas entre 2009 e 2010).

Para reverter o quadro crescente que se esboça no final deste ano – com números atuais que só deveriam (se é que deveriam) estar aparecendo somente no começo de 2011 -, a prefeitura mobiliza uma série de ações ainda mais intensas que as adotadas antes. Entre elas, a contratação de mais 100 agentes de Endemias para agilizar as visitas preventivas nas casas (editais já lançados), planeja fechar tal quadro em 400 agentes (hoje, há 200); orçou a compra de 10 mil tampas de poliéster pra vedar caixas d’água (a idéia é comprar mais depois); aumentou campanhas de conscientização na mídia e ações nas escolas, etc.

Apesar de tudo isso, o poder público insiste em destacar que a dengue só será controlada quando a população se envolver neste combate. Neste momento, o maior apelo é para que todos tampem e mantenham fechadas as caixas d’água de suas casas.    

 

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