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Aleac homenageia o Dia de Solidariedade aos Palestinos

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Como não poderia deixar de ser o articulador do evento de ontem na Aleac foi o líder do governo, deputado Moisés Diniz (PC do B). O parlamentar comunista tem uma identidade muito grande com a causa do povo palestino. “Na verdade procuro me envolver nas causas daqueles povos que têm dificuldades de superar os seus problemas sozinhos. Os palestinos já estão lutando a mais de meio século para terem um Estado. Aqui reivindicamos a melhoria dos nossos hospitais e lá a luta é para ter ao menos um hospital. Aqui lutamos por melhores escolas enquanto lá a luta é para se ter escolas. Então é uma causa justa,” explicou.

Como o dia 29 de novembro é dedicado à solidariedade internacional aos palestinos foi convidada a esposa do Embaixador da Palestina no Brasil, Nahida Tamini Alzeben. “Ela veio para ministrar palestras sobre o seu povo nas universidades e dar um curso de bordado tradicional com uma forte simbologia histórica,” contou Moisés.

A questão diplomática
Autor do livro Palestina que trata do tema, Moisés Diniz, argumenta sobre a polêmica aproximação brasileira com os árabes. “Antes do governo Lula o Brasil se aproximava de joelhos dos grandes como os Estados Unidos e os países europeus. Agora, vamos frente a frente com os poderosos e estendemos as mãos a todos que precisam, seja o Irã, Cuba, Venezuela ou Israel.

 Sempre estaremos de braços abertos porque é o caminho da humanidade e da fraternidade,” salientou. 

Para o parlamentar além da questão humanitária essa política externa ainda traz benefícios aos brasileiros. “Um dado econômico é que com os países árabes antes do Lula o comércio exterior não chegava a 10 milhões de dólares e hoje passou dos 400 milhões. Portanto, além de estendermos as mãos e criar laços de fraternidade também geramos recursos através da nossa venda de commodities e de tecnologia gerando emprego dentro do próprio Brasil,” argumentou.

A descendência árabe do Acre
Muitas famílias que formaram socialmente o povo acreano vieram dos países árabes. Moisés Diniz explica a importância da integração cultural entre os povos. “Nós precisamos compreender que a humanidade era uma só até a Torre de Babel. Depois foram criadas as fronteiras, as linhas imaginárias, os idiomas e os povos começaram a brigar e o mundo virou uma baderna. Nós precisamos construir a paz universal, às vezes falamos com a Palestina e esquecemos e dialogar com os nossos irmãos bolivianos do outro lado do rio Acre. A nossa marca antológica deve ser os braços abertos para a humanidade,” destacou. 

Bordado palestino para as índias
A esposa do embaixador palestino Ibrahim Al Zeben, conversou, ontem, com uma platéia formada por sindicalistas, ativistas sociais, políticos e estudantes no auditório da Aleac. Nahida Tamini Alzeben, contou sobre os motivos da sua visita ao Acre. “Fui convidada pelo deputado federal Nilson Mourão (PT-AC) e Abrahim Fahrat para estar presente no dia 29 de novembro que marca a data internacional de solidariedade ao povo palestino. Os palestinos conhecem a importância da Amazônia. Assim como no Brasil o índio tem sido discriminado e está perdendo a sua tradição e patrimônio cultural há uma similaridade com o processo histórico pelo qual está passando a Palestina por causa da guerra e da ocupação. Como embaixatriz e adida cultural a minha missão é falar sobre a importância do patrimônio cultural, de manter as tradições e divulgá-las. Por isso vou ensinar o bordado tradicional palestino para as índias e mestiças do Acre,” afirmou.

Intercâmbio cultural com o Acre
Para falar da ampliação de uma aproximação entre os povos acreanos e palestinos a embaixatriz se refere às mudanças de relações diplomáticas com o Brasil. “O nosso governo apóia muito o Lula por ter aberto espaço na sua agenda para visitar os países árabes. Ele tem nos dado muito apoio e nos defendido em algumas ocasiões. Estamos muito contentes com essa aproximação. A minha intenção é trazer a nossa cultura e tradição e levar daqui um conhecimento cultural brasileiro para fazer o intercambio e mostrar o que cada país tem. O que está acontecendo hoje é um pequeno começo,” finalizou. 

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