Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Cabe às prefeituras calcular impacto do salário mínimo nas contas municipais, diz ministro

 A discussão sobre o impacto do reajuste do salário mínimo nas contas das prefeituras é uma questão importante, mas cabe aos prefeitos fazer essa estimativa, disse hoje (11) o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. “Eu não tenho previsão nenhuma. Se há problema nos municípios, que os prefeitos se manifestem porque nós [governo federal] fazemos a negociação nacional”, disse ele, após participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.

Se depender do ministro do Planejamento, o reajuste do salário mínimo obedecerá a critérios técnicos. Com isso, o valor subiria dos atuais R$ 510 para R$ 538,15 em 2011, podendo ser arrendondado para R$ 540. No entanto, parlamentares e centrais sindicais defendem um aumento maior.

Quanto ao reajuste de salário dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o ministro reafirmou que o governo já fez grandes recomposições nas tabelas dos servidores públicos. Novas alterações deverão ser estudadas a partir do próximo governo. “Nesse aspecto, acho que nós deveríamos deixar para definir reajuste salarial em 2011.”

Sobre a possibilidade de liberação de recursos do Orçamento ainda este ano, o ministro disse que, se houver necessidade, haverá o desbloqueio de despesas. “Mas não tem nada definido”, afirmou.

Paulo Bernardo reforçou as críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidenta eleita, Dilma Rousseff, sobre a política dos Estados Unidos de injetar aproximadamente US$ 600 bilhões na economia como forma de estimular o mercado interno norte-americano.

“Prejudica a economia brasileira porque os Estados Unidos jogam o dólar para baixo, que passa a valer menos, e a China faz isso também com a sua moeda, trazendo impacto para as nossas exportações, que ficam menos competitivas. Fica mais viável importar produtos deles”, explicou.

O ministro voltou a advertir que o problema se transformou em uma guerra comercial provocada por esses dois países e os demais parceiros comerciais. “Temos feito um esforço para não entrar nessa guerra comercial. O presidente Lula, o [Henrique] Meirelles [presidente do Banco Central], o [Guido] Mantega [ministro da Fazenda] e agora a Dilma estão fazendo um esforço para convencer os países a fazer um acordo.”

Paulo Bernardo disse que não tem certeza se o esforço brasileiro e dos demais países irá funcionar, mas destacou que uma estratégia coletiva é melhor do que medidas individuais.

Leia mais: 

Ministro diz que é “trololó” oposição afirmar que mínimo pode passar de R$ 540

 O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, voltou a defender hoje (11) a política de reajuste do salário mínimo em vigor e disse que é “trololó” a afirmação da oposição de que o governo pode dar um reajuste maior no ano que vem. Ele tem defendido critérios técnicos para o reajuste do mínimo, que, no ano que vem, deverá passar dos atuais R$ 510 para R$ 538,15, podendo ser arrendondado para R$ 540.

Paulo Bernardo participou do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços, quando foi questionado sobre a insistência do PSDB em elevar o mínimo para R$ 600. O argumento da oposição é que o governo não tem usado toda a verba destinada para investimento a cada ano e que, por isso, os recursos deveriam ser usados na concessão de um salário mínimo maior.

“Eu acho que, usando uma expressão de que os tucanos gostam muito, é um trololó [conversa inútil]. É normal que os parlamentares se posicionem defendendo aumento maior ou menor para o salário mínimo, mas daí a relacionar isso com obras que vêm sendo tocadas, é só discurso ”, afirmou.

Paulo Bernardo voltou a reafirmar que o atual critério de reajuste do salário mínimo foi negociado com vários grupos, incluindo as centrais sindicais, mas que nada impede mudanças no mecanismo de reajuste no próximo governo.  (Agência Brasil)

 

Sair da versão mobile