A deputada Perpétua Almeida (PCdoB) denunciou, na tarde de ontem, no plenário da Câmara Federal, o que considera desrespeito da Agência Nacional de Energia Elétrica com a população do Acre. Em pronunciamento, num plenário lotado, a deputada disse ser “descabido” o aumento de 7,24% na conta de luz que a Aneel insiste em instituir ainda este mês. Perpétua reafirmou a sua luta contra o péssimo serviço prestado pelo Sistema Eletrobrás na produção e distribuição de energia.
A deputada entende que a agência reguladora de energia destrata os consumidores, mesmo com todas as evidências de prejuízos ao Estado e à população, o que é plenamente confirmado no volume de reclamações contra a Eletroacre junto ao Procon.
Perpétua, que mantém contato diário com a Presidência da Aneeel em Brasília, alertando sobre o equívoco do aumento na tarifa, disse ter plena confiança numa intervenção rápida do Ministério Público Federal do Acre junto à Justiça Federal, para obrigar a Aneel a revogar a portaria que repassar esse índice ao consumidor.
Um pedido para barrar o aumento foi feito pessoalmente pela deputada no início do mês passado, juntamente com lideranças populares e entidades sindicais do estado. Todos, aliás, concordam que a atenção dispensada ao consumidor é indigna de uma estatal do porte da Eletrobrás, razão pela qual o apelo feito aos procuradores também sugere que os serviços sejam fiscalizados e melhorados.
Para a deputada, “’e hora de a Aneel vir a público, revelar os resultados de suas fiscalizações, se é que elas existem, e dar uma satisfação à sociedade sobre quais recomendações estão sendo feitas para evitar tantos danos”.
“A Aneel não considerou as incontáveis reclamações sobre a péssima qualidade do serviço oferecido pelas empresas geradoras e distribuidoras de energia no Estado do Acre. Nem tampouco considerou os incalculáveis prejuízos que o comércio e a indústria acreanos têm tido com os constantes apagões e com a baixa qualidade da transmissão de eletricidade na capital Rio Branco e nos demais municípios. Esse aumento, por ser descabido e injusto, não pode acontecer”, disse Perpétua. (Assessoria)