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Acre contribui com 10% do desmatamento em outubro

O Acre teve participação de 16 Km2 num total de 135 de área desmatada na Amazônia durante o mês de outubro. A quantidade de floresta derrubada no Estado corresponde por 10% do total. É o que mostra o levantamento Transparência Florestal realizado pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). Quando comparado com o mesmo mês do ano passado, o desmatamento teve queda de 21%. 

Diferente de outros meses, o ranking do Imazon de outubro não traz os tradicionais Estados desmatadores à frente. A primeira e a segunda posições são ocupadas por Rondônia e Amazonas com participação, respectivamente, de 34% e 30%. Mato Grosso e Pará vêm colados ao Acre, respondendo por 15% e 10%, na ordem. Um fator que pode ter contribuído para essa mudança foi a alta presença de nuvens na região, o que dificulta as análises dos satélites.

Quando comparado de agosto de 2009 a outubro de 2009 e os mesmos meses desse ano, o desmatamento no Acre cresceu 67%. Esta é a maior taxa de crescimento neste interin dos respectivos anos. Na Amazônia Legal houve queda de 22%. Em outubro passado o Estado ocupou outra liderança negativa.

As áreas de florestas degradadas registradas pelos satélites subiram 17%, ocupando a segunda colocação. A primeira pertence a Mato Grosso, com quase 60%. Segundo o Imazon, por áreas degradas são classificadas florestas usadas para a atividade madeireira ou queimadas.  Ao todo, mais de 98 km2 no Acre em outubro eram áreas degradadas.
Em toda Amazônia Legal foram 562 km2; alta de 446% ante igual período de 209. O aumento da degradação florestal acreana, entre agosto e outubro do ano passado e agosto e outubro de 2010, foi de 515%.

Segundo o Imazon, as áreas de reforma agrária foram as que mais contribuí-ram para o desmatamento: 20%. Entre os dez maiores projetos de reforma agrária que derrubaram florestas nativas, o Acre contribuiu com 3: Boa Esperança (Sena Madureira), Caquetá (Porto Acre) e Figueira (Rio Branco). Entre os municípios considerados críticos no desmatamento não há acreanos.

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