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Acre se autoanalisa em estratégia de Segurança e traça metas para 2011

A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) reuniu na manhã de ontem toda a cúpula do setor para analisar a eficácia da estratégia de combate à vio-lência adotada nos últimos anos. Com a presença dos comandantes e coordenadores das regionais em que foi dividido o território do Estado, a reunião teve como objetivo ainda aferir os resultados alcançados até agora e esboçar as estratégias e metas para o próximo governo.
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Também estiveram presentes especialistas neste novo modelo de Segurança Pública, como Cláudio Beato, professor do Departamento de Sociologia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e diretor do Crisp (Centro de Estudos em Criminalidade e Segurança Pública).

Beato foi um dos responsáveis pela elaboração do modelo de Segurança Pública adotado pelo governo mineiro. Por este método, as forças policiais passaram a atuar de forma harmônica entre si e com outras instituições (Ministério Público e Poder Judiciário), além de estipular metas a serem alcançadas por cada unidade policial.

Com o sucesso em Minas Gerais, o sistema se expandiu para outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. Em cada um desses locais foi levado em consideração suas características próprias. No Rio, por exemplo, foram criadas as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), que têm como objetivo a reconquista de áreas antes perdida para o tráfico.

Para a secretária Márcia Regina (Segurança Pública), este modelo vem também a aprimorar o conhecimento das polícias sobre as respectivas áreas em que atuam. O Acre foi partilhado em microrre-giões, e a Capital em regionais.

“Toda a estrutura de gestão é para monitorar o comportamento da violência, nos possibilitando não somente termos este conhecimento, mas saber quais as estratégias e investimentos para cada área”, afirma ela.

Na análise de Claúdio Beato, além de resultados positivos na diminuição da criminalidade, o novo sistema de Segurança Pública permite a maior integração entre as instituições responsáveis pelo setor no país.

“Esse já é um grande passo no Brasil, pois a articulação institucional raramente acontece. Quando se consegue colocar essas instituições atuando juntas, já é bem importante”, pondera o especialista. 

 

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