Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Alta taxa de fecundidade e imigração influenciam crescimento da população

A alta taxa de fecundidade das mulheres acreanas, além do grande número de pessoas vindas de outras cidades que passaram a estabelecer suas vidas aqui, são fatores que podem explicar o crescimento de 31% no número de habitantes do Acre nos últimos 10 anos. Enquanto que em 2000 a população era estimada em 557.526, em 1º de agosto último o levantamento apontava 732.793.

“Os dados do censo mostram uma estagnação no crescimento populacional no Sul e Sudeste, e uma evolução no Norte e Centro-Oeste”, analisa Felippe Ferreira Nery, gerente de Planejamento e Supervisão do IBGE no Acre. Depois de décadas, os brasileiros deixam de se concentrar no Centro-sul e migraram para o interior.

Questionado sobre quando o Acre alcançaria a quantia de 1 milhão de habitantes, Ferreira afirma que essa é uma prospecção que só pode ser feita por um demógrafo – função esta não existente no órgão no Estado.

A principal dúvida quanto a isso é saber se o Acre manterá a atual taxa de crescimento anual, que está em 2,77%. No Norte, esse índice só fica atrás do Amapá (3,44%) e de Roraima (3,36%). Esses três Estados, aliás, foram os que mais cresceram no país na década. Esse crescimento se manterá caso não haja controle nas taxas de natalidade e a capacidade de receber novos moradores seja mantida.

Hoje, a taxa de fecundidade do Acre está em 2,9 filhos por mulher. A média nacional está 1,6 filho/mulher. Para Ferreira, conforme análises dos próprios especialistas do IBGE, a tendência é que o crescimento populacional do Brasil agora fique estagnado, com tendência de queda em alguns momentos. Mas o Norte e Centro-Oeste, continua ele, manterá os atuais índices de crescimento nos próximos anos. 

Sair da versão mobile