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Após tentativa de suicídio, servidor sai da UTI

O funcionário da Secretaria de Saúde Alex Barreto respondeu bem aos tratamentos médicos ao qual é submetido. O estado de saúde é de recuperação, sem riscos de morte. Na quarta-feira (15), ao ser descoberto um esquema de desvio de recursos públicos dentro do órgão onde trabalha, Barreto tentou se suicidar ao ingerir veneno para rato.

De acordo com a direção do Pronto-Socorro, o organismo de Barreto tem reagido de forma satisfatória aos medicamentos. Neste final de semana ele deixou a Unidade de Terapia Intensiva e ocupa um dos leitos da enfermaria. Ainda não há previsão de alta. Enquanto isso, o esquema desenvolvido dentro da Secretaria de Saúde passa a ser analisado pela Polícia Federal.

Ainda na sexta-feira o secretário Osvaldo Leal (Saúde) solicitou à PF que apure o caso. A justificativa é que parte do dinheiro desviado pode ser federal, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde). A fraude na secretaria veio à tona justamente após a tentativa de suicídio de Barreto. A estimativa é que os prejuízos aos cofres do Estado somem quase R$ 1 milhão.

Em coletiva na semana passada, Osvaldo Leal disse que a excessiva quantidade de requisição para transferências de pacientes a outros centros médicos, por meio de UTI aérea, foi o que  trouxe as suspeitas. Falsos pedidos de transferência eram solicitados ao setor financeiro da secretaria. Como os doentes eram fictícios, o governo pagou por serviço não executado. 

 “Tirar um paciente do Acre e levá-lo para outro centro médico por UTIs aéreas não é uma prática comum. Só a adotamos em última necessidade, quando vemos que a nossa estrutura médica realmente não ajudará”, disse ele. A transferência de pacientes em aviões adaptados chega a no máximo 4 por ano. Em 2010, quase 10 foram autorizadas
Cada viagem do tipo pode custar entre R$ 90 mil e R$ 100 mil.

O valor varia conforme a distância. Como foram autorizadas 8 transferências, os prejuízos somam R$ 826 mil. Alex Roberto era um dos responsáveis pela diretoria financeira da Secretaria de Saúde. Empresas que prestam o serviço de Tratamento Fora de Domicílio também são investigadas.

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