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Estudantes organizam série de manifestos no Terminal para barrar aumento tarifário

Parece que os estudantes da Capital estão mesmo decididos a não permitir o aumento na tarifa das passagens de ônibus! Usando de seu artifício mais poderoso, a união, os alunos de várias escolas e faculdades estão montando uma série ininterrupta de manifestações no Terminal Urbano. A primeira ocorreu ao meio-dia da quinta passada (25), a segunda na tarde da sexta (26) e a terceira às 17h de anteontem (29). O próximo protesto já está programado para o final da tarde de amanhã, a partir das 17h, e deve ter sucessores.
Terminal
Nestes manifestos ao Terminal, os alunos organizam barreiras humanas para interditar a passagem de ônibus nas plataformas, empunham cartazes, promovem passeatas para bloquear o trânsito no Centro, fazem o famoso ‘libera catracas’ para dar acesso gratuito aos usuários, montam grupos oradores pra discursar em carros de som, entre outros atos. 

O objetivo do grupo estudantil é simples: mostrar a insatisfação geral para a ameaça de elevar o preço das passagens em 2011 (que seria de R$ 1,90 para R$ 2,30, em janeiro). O movimento também reivindica investimentos urgentes na qualidade do serviço; a adesão do sistema de ‘passe livre’ aos alunos (a exemplo de outros estados); o fim dos atrasos e da superlotação nos carros; a valorização das empresas para com seus motoristas; além da contratação dos 6 membros demitidos da diretoria do Sinttpac (apoio à luta sindical).

Segundo o universitário José Janes Jr, o repúdio estudantil aos ‘descasos’ no Transporte Coletivo é tão grande que está tornando a corrente cada vez mais forte. Sempre presente nos manifestos, ele conta que os primeiros atos reuniram entre 300 a 400 alunos. O mais recente, por sua vez, teria alcançado em torno de 600 estudantes indignados, conforme suas estimativas. Para José Janes Jr, isso prova que a classe está unida em função de um fim maior, que é denunciar e cobrar soluções para corrigir o que não está certo no setor.

“Pagamos por uma das passagens mais caras do país e ainda temos de lidar com ônibus quebrados e desconfortáveis no nosso dia-a-dia. Sabemos que há ônibus rodando com mais de 10 ou 20 anos em linhas afastadas, como a do Quixadá. Isso é abusivo! A frota precisa ser renovada urgentemente, com carros seguros e eficientes. Ao invés disso, os responsáveis ficam orçando reajustes tarifários. Isso nós não vamos aceitar, de forma alguma. Eles têm compromissos conosco, e precisam cumprir”, enrijece o estudante.

Para completar suas palavras, José Janes Jr. conta que o movimento das classes sindical e estudantil (juntamente com as manifestações ao Terminal Urbano) não deve parar até que a proposta do aumento tarifária seja totalmente desconsiderada. A corrente envolve vários sindicatos trabalhistas locais e entidades estudantis, não tendo só um organizador.

Reunião com motoristas da São Roque – Paralelo ao movimento estudantil, aconteceu ontem de manhã, às 9h, na sede do Sinttpac, uma reunião com parte dos 360 motoristas sindicalizados da empresa São Roque. Os trabalhadores convocaram tal encontro para reunir denúncias de descumprimentos ao acordo coletivo da classe e planejar, inclusive, algum tipo de paralisação e até posterior greve. A presidente do sindicato, Celina Costa, contou que foi pedido paciência aos trabalhadores. Ela garante que o Sinttpac acolheu as provas e investigará mais para resolver se ajuíza uma ação contra a empresa no MPT.  

 

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