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Estudantes protestam e a prefeitura descarta o aumento na passagem

Em mais um ato marcado pela indignação, os estudantes e entidades sindicais da cidade se uniram ontem para dar continuidade à série de protestos pela melhoria do Transporte Coletivo e pelo fim da proposta de reajuste na passagem de ônibus. O movimento social fez mais 2 protestos para somar aos 3 já realizados na quinta (25) e sexta (26) da semana passada e ao da última segunda (29). O grupo pretende seguir com os manifestos até que a prefeitura negocie com eles uma medida concreta para resolver as falhas no serviço.
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De manhã, das 11h até as 13h30, os sindicalistas e estudantes se concentraram na praça da Semsur (Sobral) e realizaram bloqueios esporádicos (com minutos de duração) na rua principal do bairro. Os fechamentos não geraram grandes engarrafamentos na área. Mas, durante o manifesto, o trânsito ficou arriscado (mesmo com presença da polícia), pois os estudantes mais novos perderam seus medos e passaram a atravessar a rua mais afoitos.

Participaram do protesto os alunos da Heloísa Mourão Marques e de outros colégios da região. De sindicatos, participaram a CUT, CTB, Stiu, Sinttpac, além das associações dos usuá-rios do Transporte Público e a dos Direitos Humanos dos Presos do Acre. Ao todo, estiveram presentes cerca de 150 a 200 pessoas engajadas na manifestação.

Conforme o sindicalista Marcelo Jucá, o ato foi escolhido para lá por ser um dos pontos que acumula as maiores reclamações dos problemas nas linhas de ônibus. “Todos os bairros da região da baixada estão passando por situação crítica. O trabalhador precisa acordar de madrugada para pegar ônibus e, ainda assim, corre o risco de perdê-lo devido à superlotação. Fora isso, tem de lidar com atrasos e desconfortos no carro. Tudo porque a quantidade de coletivos não consegue suprir a demanda de usuários daqui”, afirmou.

Já na parte da tarde, das 17h até as 19h, eles seguiram ao Terminal Urbano, Centro, para promover o famoso ‘libera catracas’ e discursos com suas reivindicações. O ato reuniu, aproximadamente, a mesma quantidade de manifestantes (200). Eles avaliaram os 2 atos como satisfatórios, mas ainda não anunciaram se vão ou não fazer mais protestos. Ainda de acordo com Marcelo Jucá, o grupo espera que a prefeitura os convoque para negociar as alternativas mais rápidas para melhorar a qualidade no serviço prestado à Capital.

“Não podemos ficar de braços cruzados esperando a Justiça resolver as coisas. Ela pode demorar demais e, neste intervalo, quem perde é a população. As empresas já deixaram de cumprir o seu papel no TAC, portanto, a prefeitura tem sim de começar a negociar o fim da concessão que é dada para as empresas que desrespeitarem o usuário”, finaliza.

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