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Feira Literária tenta suscitar o amor de alunos pela leitura

Tirar os alunos do confinamento das salas de aula e levá-los a explorar o mundo exte-rior. Sair das tradicionais e burocráticas grades curriculares elaboradas pela Secretaria de Educação. Dessa forma tem agido alguns professores de Língua Portuguesa da Escola Leôncio de Carvalho, no bairro Vila Acre, para despertar o amor dos alunos pelos livros.
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Realizada no Sesc Bosque na tarde de ontem, a 2ª Exposição Literária levou os jovens a conhecer um pouco mais sobre a vida e a obra de escritores estrangeiros, brasileiros e, lógico, acreanos. Entre eles o jornalista Silvio Martinello, diretor-geral de A GAZETA. Segundo o professor Gleyson Moura, um dos coordenadores da feira, o objetivo é mostrar que a qualidade da literatura acreana está no mesmo nível da nacional e universal.

Para ele, o que mais afasta os jovens do mundo da leitura está justamente nos métodos de ensino impostos. Métodos estes muitas vezes elaborados por tecnocratas que raramente conhecem a realidade de uma sala de aula.

“Hoje, os professores trabalham muito pressionados a cumprir aquilo que está na grade, ficando limitados a cumprir metas. Uma atividade extracurricular que não seja dentro da sala de aula não é considerada”, diz Moura.

É nesta hora, completa, que o professor deve usar da criatividade para atrair a atenção do aluno. Afirma Gleysson Moura sobre a importância da leitura na formação do caráter dos estudantes: “A literatura é a mais importante das formas de expressão artística capaz de aguçar a sensibilidade do jovem, fazê-lo ampliar sua visão de mundo”.

Assim aconteceu com Tamires Gomes e Raiane Solon, ambas de 17 anos. Estudantes do último ano do Ensino Médio, elas agora se preparam para enfrentar o vestibular. Foi por meio das obras de Silvio Martinello que puderam conhecer mais da História do Acre.

“Eu achava entediante ler aqueles livros de História do Acre. Quando me falaram que os livros do Silvio citavam a história acreana achava que seria a mesma coisa. Mas quando comecei a ler os primeiros capítulos quis ir até o fim”, confessa Raiane.

Para a colega Tamires, as obras de Silvio Martinello são uma forma de contar a história do Acre de uma forma romantizada, saindo das discussões históricas da academia. “Não sou acreana e conheci melhor o Acre pelos romances do Silvio. O que mais me chama atenção é que, mesmo não tendo nascido aqui, ele conta a história do Estado de uma forma apaixonada”, analisa Tamires. 

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