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Jovens de 15 a 24 anos são foco de campanha contra a aids

 Jovens brasileiros de 15 a 24 anos são o foco da campanha O Preconceito como Aspecto de Vulnerabilidade ao HIV/Aids, que será lançada hoje (1º) pelo Ministério da Saúde para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Aids.

De acordo com dados do ministério, o grupo tem o maior número de parceiros casuais em relação a adultos e cerca de 40% deles declararam não usar preservativo em todas as relações sexuais.

O objetivo da campanha, segundo o Ministério da Saúde, é a desconstrução do preconceito sobre pessoas que vivem com o vírus HIV no Brasil, além da conscientização de jovens sobre comportamentos seguros de prevenção contra a aids.

Bruna Lopes, de 20 anos, acredita que a campanha é importante para alertar os jovens em relação aos riscos que correm ao ter uma relação sexual sem camisinha. Ela admitiu que sente dificuldade em usar o preservativo quando está em um relacionamento que parece estável. “A gente confia mas, na verdade, é arriscado também”, contou.

Para Silvana Pereira, de 18 anos, falta estratégia para convencer os jovens sobre a importância de se prevenir por meio da camisinha – sobretudo para meninas mais novas. “Todo mundo já sabe, mas continua fazendo. Então, tem alguma coisa errada”, disse. Mesmo casada, Silvana faz o teste rápido de seis em seis meses. “O problema é que confiamos nos parceiros e não usamos camisinha”, afirmou.

Raiane Souza, de 21 anos, confirma a versão de que o que falta mesmo aos jovens não é informação, mas responsabilidade. “Vejo que as meninas não pensam no que estão fazendo. Muitas vezes, vamos na empolgação e, quando vemos, já foi sem camisinha mesmo”.

O Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi instituído como forma de despertar a necessidade de prevenção, de promoção do entendimento sobre a pandemia e de incentivar a análise sobre a aids pela sociedade e órgãos públicos. No Brasil, a data começou a ser comemorada no fim dos anos 80.  

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Sudeste concentra mais da metade dos casos de aids no país

 O país registrou, de 1980 a junho de 2010, 592.914 casos de infecção por HIV. A maior concentração está na Região Sudeste, com 344.150 (58%). Em seguida, vêm o Sul, com 115.598 (19,5%); o Nordeste, com 74.364 (12,5%); o Centro-Oeste, com 34.057 (5,7%); e o Norte, com 24.745 (4,2%).

A Região Sul, entretanto, registra a maior taxa de incidência do país, com 32,4 casos em cada 100 mil habitantes, seguida pelo Sudeste (20,4), Norte (20,1), Centro-Oeste (18) e Nordeste (com 13,9).

Os dados fazem parte do boletim epidemiológico divulgado hoje (1º) pelo Ministério da Saúde.  (Agência Brasil)

 

 

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