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NOVA EPIDEMIA DE DENGUE

Prefeitura convoca população para evitar que casos passem de 3 mil por semana
Tentando evitar que a nova epidemia de dengue se torne uma catástrofe à Saúde Pública de Rio Branco em 2011, a prefeitura pede apoio de toda população para promover ações mais impactantes nos próximos 2 meses. O objetivo é não deixar que a doença continue avançando nas mesmas proporções registradas desde outubro. Afinal de contas, se manter tal ritmo, a dengue poderá levar até mais de 3 mil vítimas aos hospitais da cidade por semana, entre o final de janeiro e o início de fevereiro (ponto alto das epidemias).
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O ‘contra-ataque’ da prefeitura será centrado na ampliação das ações de enfrentamento direto ao vetor da doença, na prevenção e na mobilização. Em outras palavras, a gestão municipal se encarregará em massificar as campanhas e propagandas de conscientização em diversas mídias, estenderá atendimento do seu maior posto de tratamento da doença (Barral y Barral), ampliará os cuidados de prevenção contra a dengue, mobilizará mais parcerias com entidades públicas e civis e aumentará a limpeza em áreas públicas.       

Segundo o diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Semsa (Dvea), Dr. Janilson Lopes Leite, as ações de maior impacto se fazem necessárias pra tentar conter a atual conjuntura na cidade. Com quase 3 mil notificações nos primeiros 20 dias deste mês, Janilson avalia este momento como ‘grave’,  já que pode estar precedendo uma fase ainda mais crítica da epidemia. Isso porque tais números de dezembro se equiparam aos mesmos valores dos meses de janeiro e fevereiro (clímax) nos surtos de anos anteriores.

“Estamos em uma fase altamente preocupante! Tem chovido bastante nos últimos dias e isso, além de facilitar à proliferação do mosquito, também atrapalha nosso trabalho. Por isso, pedimos o esforço da população para que tome os cuidados e evitem a formação de focos do mosquito na sua casa e vizinhança. O poder público tem investido muito neste combate e está realizando todas as ações possíveis para conter o avanço desta epidemia. E vamos continuar ampliando este trabalho com ações cada vez maiores”, garantiu ele.

Para que todo este esforço público não seja desperdiçado, entretanto, Janilson prega que é fundamental que a população (pelo menos na sua maioria) esteja na mesma sintonia de dedicação à prevenção da doença. “Esta é uma luta que precisa do braço de todo o povo, ou não poderá ser vencida. Depois que o mosquito se instala numa área e passa o vírus, é impossível calcular os tipos de danos que ele pode causar”, apontou o médico.

Entre outras estratégias que a prefeitura pretende intensificar para vencer este ‘pequeno grande’ vilão chamado Aedes aegypti, estão: compra de mais telas de proteção às caixas d’água da cidade (além das 30 mil já adquiridas); fiscalização das casas onde estas telas já foram instaladas; dispor de mais de 300 agentes de endemias a partir de janeiro para aumentar suas atividades (visita nas casas, espalhar fumacê, colocar larvicidas, eliminar focos em áreas públicas); promover mais palestras e projetos nas escolas (mais de 5 mil alunos já foram mobilizados) e nas igrejas (a Semsa convocará pastores para o combate). 

 

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