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Pleno do Tribunal de Justiça decide manter prisão do prefeito de Acrelândia

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O Pleno do Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC) decidiu por maioria de votos – 6×1- manter a prisão preventiva do prefeito de Acrelândia, Carlos César de Araújo, o Carlinhos (PSB). O voto divergente foi da desembargadora Miracele Lopes Borges, que havia pedido vistas do processo na sessão anterior e votou pelo não conhecimento do Agravo Regimental impetrado pela defesa.


Os demais membros do Pleno acompanharam o voto do desembargador Adair Longuini,  relator do inquérito policial que apura suposto envolvimento do prefeito na morte do vereador Fernando José da Costa, o Pinte, na noite do dia 1º de maio deste ano. Foi em virtude de decisão do mesmo magistrado que a prisão temporária do prefeito foi convertida em preventiva.


A sessão começou tumultuada, por causa de dois grupos — um a favor e outro contra a soltura de Carlinhos – preso desde o dia 24 de setembro. Antes do início dos trabalhos, os dois grupos se concentraram na frente da sede do anexo do TJ/AC, na Avenida Ceará.


O ex-prefeito Paulo César Ferreira de Araújo, pai de Carlinhos, liderava o movimento em favor da soltura do filho. Segundo ele, o filho está preso enquanto os verdadeiros culpados pelo crime continuam a solta. Para demonstrar que as famílias de Carlinhos e Pinté não tinham qualquer divergência política, os manifestantes exibiam uma foto onde os dois estão abraçados.


O grupo que pedia a manutenção da prisão do prefeito aproveitou a votação desta sexta-feira para fazer a distribuição de uma carta intitulada “Desabafo dos amigos de Pinté”. No documento, familiares e amigos do vereador expõe todo o caso e atribuem a autoria do crime aos acusados que se encontram presos.


O advogado de defesa de Carlinhos, Sanderson Moura, anunciou que vai ingressar com novo pedido de habeas corpus, desta feita perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Vamos continuar insistindo e acreditamos que no momento certo a Justiça será feita”, declarou.

Ameaça de bloqueio da BR-364 – Com a decisão do Pleno do TJ, por manter Carlinhos preso, simpatizantes do prefeito afirmaram que vão bloquear a BR-364 na entrada para o Município, localizado a 100 quilômetros de Rio Branco, como forma de pressão para que a Justiça solte-o da cadeia.

 

 

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