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Polícias avaliam Operação Oxi de ‘sucesso’ na integração e garantem mais ações afins

As polícias Federal, Civil e Militar, juntas ao Corpo de Bombeiros (CBM) e à Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), reuniram coletiva na manhã de ontem (8), para informar os resultados da Operação Oxi. Os parceiros destacaram a integração logística presente em todas as fases da iniciativa (planejamento, mobilização e execução), a vitória da presença policial em áreas de difícil acesso e a soma de informações para a repressão ao tráfico e ao consumo interno de drogas na cidade. Diante de tais resultados, os órgãos avaliaram a missão como um ‘sucesso’ e já anunciaram mais trabalhos desta natureza.
Oxi
A operação foi deflagrada no final da tarde de terça (7), às 17h30, nas regiões – ‘morros’- do Preventório, Papoco e da Base. A iniciativa mobilizou 144 policiais dos órgãos citados e teve por meta cumprir 7 mandados de prisão para desarticular 6 boca-de-fumo da área. O trabalho culminou com a lavratura de 4 TCOs, a recaptura do foragido E.S.B (ele teria sido pego ao investir contra um policial), além da apreensão de 100g de cocaína, 1 balança, 2 gandolas do exército, cachimbos, cartões bancários e insumos para embalar drogas. 

A grosso modo, o resultado pode até não perecer grande coisa! Contudo, diante dos fins estipulados, o gestores analisam que a força-tarefa foi essencial ao projeto de Segurança Pública de Rio Branco. O primeiro a salientar tal aspecto foi o delegado Richard Murad, da PF. Segundo ele, a operação cumpriu com seu propósito principal, que era mobilizar a polícia para reprimir o tráfico naquelas dependências. Para o delegado, o maior proveito da ação foi o trabalho conjunto da polícia prevalecendo sobre a ação dos traficantes.

Por sua vez, Márcia Regina destacou a Oxi como um exemplo de operação guiada pelas 3 metas principais (ação integrada, repressão qualificada e o Sigo) dos seus 1 ano e 9 meses à frente da Sesp. “Unir as polícias para fazer uma ação assim não é fácil. Mas é tal esforço conjunto que gera eficácia para ampliar a presença do Estado nas ruas e garantir mais segurança ao cidadão. Portanto, iniciativas como esta devem ser reforçadas”, comentou. A secretária também aponta alguns reflexos da integração policial, tais como a redução de crimes em certas áreas e a maior apreensão de drogas neste ano (1,4 t em 2010, contra 1,3 t em 2009).

Os porta-vozes das polícias Militar, Civil e dos Bombeiros, respectivamente, cel. Romário Célio, del. André Monteiro e ten-cel. Flores, também enalteceram a aliança da operação e os benefícios que trabalhos afins devem trazer à população. Segundo Romário Célio, a Oxi é um modelo prático da nova integração institucionalizada, ao invés de uma pessoal (como eram operações policiais de antes).

Mais detalhes da operação
Para pormenorizar a Operação Oxi, também participaram da coletiva os delegados responsáveis pela investida nos morros. Eles esclareceram que a ação não foi realizada de noite porque seu foco era cumprir 7 mandados de prisão (por lei, tal ordem só pode ser executada após 6h da manhã e antes das 18h da tarde). Também explicaram que, mesmo sem ter conseguido cumprir os mandados,a droga apreendida foi achada em casas separadas, o que revela dados de seus moradores e facilitará para as suas prisões.

Outro ponto positivo da operação é que as policiais conseguiram adentrar uma área de grandes dificuldades geográficas (depressões sa-lientes, mato alto, fuga pelo rio e muito lixo) e provocar uma retração do mercado consumidor das drogas nas áreas em questão. Apesar de as 6 bocadas não terem sido desmanchadas, a polícia colheu informações dos pontos de vendas e consumos nos morros dos 3 bairros (isso facilita novas operações).

“A operação não acabou. Ao contrário, esta investida foi só o início”, finalizou o delegado Mauricio Moscardi, da PF.

 

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