Com Rio Branco às voltas de sofrer nova epidemia de dengue, uma obra baseada no diálogo entre animais vem a suscitar nas crianças os cuidados para evitar a proliferação do Aedes aegypti. E é o mosquito, por sinal, o protagonista do livro “Aegypti, A Mosquita da Dengue” (28 p. R$ 20,00), da historiadora Kelen Gleysse, e ilustrado por Enilson Amorim.
O enredo é baseado em Aegypti, a mosquito fêmea. Já entediada de viver na floresta e se sentido insuperável na área, ela decide migrar para a cidade. Encontra o ambiente perfeito para se reproduzir e transmitir a doença. Mas o poderio é amea-çado quando não consegue invadir uma casa no alto de uma árvore, a casa das abelhas.
Ela insiste em entrar por ter visto o recinto perfeito para se proliferar: água limpa parada e espalhada por entulhos. Como estão mais preocupadas e ocupadas na produção do mel, as abelhas acabam por se esquecer de cuidar da casa. “É uma metáfora para o nosso descuidado com nossa casa, muitas vezes criando ambientes perfeitos para a doença ser transmitida”, explica a autora.
Após muitas discussões e brigas entre Aegypti e as abelhas, as últimas sabem como expulsar de uma vez por todas a invasora: retirar toda sujeira e esvaziar os recipientes que acumulavam água. Logo a notícia é espalhada por toda a cidade, e o mosquito já não encontra condições de reinar e volta para a floresta.
Segundo Gleysse, as crianças são a melhor forma de transmitir uma mensagem e concretizá-la. A obra será lançada hoje, às 19h, no Senac como parte do encontro da Câmara Temática de Literatura, que tem como objetivo o fomento da economia literária e popularização da leitura.
O livro de Kelen Gleysse é financiado pelo Fundo Municipal de Cultura e patrocinado pelo HSBC. Parte deles será entregue para a Prefeitura de Rio Branco, que, por sua vez, fará a partilha entre as escolas.