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Prefeitura descarta qualquer negociação de reajuste até que empresas cumpram acordo

O responsável pela Superintendência de Transporte e Trânsito de Rio Branco (Rbtrans), Ricardo Torres, reuniu uma coletiva na manhã de ontem, 10h30, para esclarecer de vez as polêmicas do ameaçado ‘reajuste’ na passagem de ônibus. O superintendente detalhou os principais acordos firmados entre prefeitura e as executoras do serviço, através de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Segundo ele, as empresas não conseguiram cumprilos no seu devido prazo, portanto, a prefeitura já deixou claro que não aceitará negociar qualquer aumento tarifário até que elas se atentem às suas obrigações.
RBTRANS
O pacto foi firmado por meio de uma reunião realizada em janeiro deste ano. De acordo com Ricardo Torres, as empresas se comprometeram a resolver pendências que vinham se acumulando há anos no serviço. As 3 principais foram: a renovação da frota (45% até o final deste ano, com 2 carros de acessibilidade total por linha); reavaliação do sistema de bilhetagem eletrônica (em especial, os benefí-cios, como o passe-livre, para crianças); e investimentos gerais pra melhorar a qualidade do serviço (adaptar carros, qualificação e regularização dos motoristas, acompanhar e readequar linhas, entre outros).

O superintendente contou que nem a primeira (renovação da frota) destas pendências foi cumprida. Neste item, ele relatou que a empresa Real Norte foi a que mais chegou perto da meta, renovando 40% dos seus 70 carros. Em contraponto, ele disse que a São Roque foi a que menos renovou, devendo ainda 30 veículos novos (eles pediram prazo de 120 dias para fazê-lo). “As empresas que cumpriram pouco deste processo acabam levando a cota geral de renovação para baixo, deixando-nos longe da meta almejada”, completa. 

Como a maior parte destes itens já venceu, Ricardo Torres assegurou que a prefeitura já deu entrada no devido processo jurídico (em tramite) para exigir que a concessão dada às empresas seja redefinida. “A prefeitura não está parada! Entramos com processo para fazer com que as empresas que se adequaram pouco comecem a perder parcelas da sua porcentagem para aquelas que se empenharam mais em cumprir a renovação”, explicou.

Sobre os constantes protestos no Terminal Urbano, o superintendente da Rbtrans fez um apelo ao grupo estudantil e sindical para que eles tenham bom senso e, pelo menos, não bloqueiem mais as plataformas da estação. Segundo ele, a causa do movimento é justa e respeitável (cobrar qualidade no Transporte Coletivo), mas isso não lhes dá prerrogativas para impedir que o restante da sociedade tenha acesso aos ônibus no local.     

 
O tão temido reajuste (que elevaria a passagem pra R$ 2,30) veio em função do início da fase de data-base (em novembro) para as empresas negociarem tabelas de preços. Como a prefeitura se mostra irredutível, ou as empresas se ajustam ao TAC logo (antes do fim da data-base) pra negociar ou, então, é pouco provável que haja a alta tarifária em 2011.

 

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