Em uma Plenária Nacional da federação dos sindicatos das universidades federais, a Fasubra, ocorrida nos dias 10 e 11 de dezembro em Brasília-DF, os servidores decidiram por mobilizar a categoria para o ‘estado de greve’ para o ano de 2011. A decisão foi tomada de forma preventiva por conta das declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, contra as reposições salariais das categorias.
Segundo o sindicalista Dário Lopes de Figueiredo, os servidores da Ufac estão atentos aos movimentos em âmbito nacional e, por conta disso, tiveram participação marcante na última Plenária da Fasubra.
Dário considerou como um deboche os parlamentares federais autoconcederem um aumento de quase 62% e o Judiciário Federal estar brigando por um aumento acima de 30%, enquanto para os servidores das universidades não há nada. O aumento dos parlamentares vai criar um efeito cascata cujos efeitos se fará sentir nas Assem-bléias Legislativas e Câmaras Municipais, além de governos e prefeituras.
“Se o presidente da República pode ter 134% de aumento, por que excluir os barnabés?”. Com este questionamento, Dário disse que a categoria está em ‘estado de alerta’, com manifestações já marcadas para o mês de fevereiro, sendo que no dia três haverá uma paralisação geral de 24 horas nas universidades de todo o Brasil e no dia nove do mesmo mês a manifestação será em Brasília, onde milhares de servidores são esperados.
Para Dário, a questão passa pela valorização do servidor, pois é nas universidades federais que nascem os melhores profissionais do país. “Não podemos ser alijados das negociações. O que queremos é a abertura de um canal de negociações, mas as declarações do ministro Mantega de punir os servidores para pagar contas da politicagem não podem ser aceitas. É por isso que estamos novamente nesta luta”. (Assessoria)