O governador eleito do Acre, Tião Viana (PT-AC), será lembrado, no futuro, por muitas ações que ajudou o promover em favor da população pobre nos últimos 12 anos de atuação como senador da República. Ele atuou na saúde, na educação, no social, mas uma área, particularmente, o comove sobremaneira, tal a sua importância para todas as gerações: a área da leitura.
A atuação do senador nesta área começou com as casas de leitura, que ele ajudou o Governo do Estado a instalar nos bairros pobres da periferia de Rio Branco, incentivando o hábito da leitura entre crianças e jovens. As casas de leitura acreanas atendem hoje alunos dos bairros João Eduardo e Chico Mendes, na Gameleira, em Sena Madureira e em Feijó.
Das casas de leitura, o senador partiu para um projeto ainda maior, de âmbito nacional, quando apresentou, no Orçamento Geral da União (OGU) de 2005, uma emenda de alcance cultural imensurável para todo o país. Na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, Tião Viana aprovou emenda parlamentar no valor de R$ 26 milhões para o Ministério da Cultura simplesmente zerar o número de municípios brasileiros sem bibliotecas públicas.
Até junho de 2008, a emenda do senador Tião Viana já havia resultado na construção de 400 bibliotecas em 23 dos 26 estados brasileiros. No Acre, a emenda permitiu o funcionamento de bibliotecas públicas Brasiléia, Bujari, Capixaba, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo e Senador Guiomard. Hoje, apenas os municípios de Santa Rosa e Jordão ainda não dispõem de bibliotecas públicas, mas a de Santa Rosa está sendo construí-da e a do Jordão será efetivada em breve, segundo informou a Fundação Elias Mansour.
As ações de Tião Viana em prol da leitura no Brasil já lhe renderam elogios de vários setores culturais do país, tal como o que acaba de ser publicado no blog do jornalista Galeno Amorim, diretor do Observatório do Livro e da Leitura. O Observatório é um centro dedicado à aquisição de conhecimentos, às investigações intelectuais e à produção e divulgação de dados e conteúdos sobre a área literária, englobando leitura e livros, em todo o território brasileiro.
Com mais de 30 anos de atuação jornalística em jornais como O Estado de São Paulo, Jornal da Tarde e Rede Globo, Galeno Amorim (www.blogdogaleno. com.br), assinala que “o Brasil dos livros deve muito ao Acre”, através das ações do senador Tião Viana.
À propósito de divulgar o 1º Fórum Acreano do Livro, Leitura e Literatura, ocorrido de sete a nove deste mês, em Rio Branco, para mobilizar o governo, prefeituras e os militantes locais da leitura para implantar nos municípios seus planos de livro e leitura, o jornalista assinala que “o bom trabalho que já se faz por lá deve ganhar novo impulso com a posse do governador eleito, Tião Viana (PT)”.
O jornalista lembra que, como vice-presidente do Senado, “ele (Tião Viana) deu vigoroso apoio para a criação das políticas públicas do livro e leitura no primeiro governo Lula”. “E não só com veementes discursos de apoio”, acrescentou o diretor do Observatório do Livro e da Leitura.
Galeno Amorim completou, em seguida: “É dele (Tião Viana) a emenda ao Orçamento de 2005 que começou a mudar a cultura orçamentária para área (em 2003, a rubrica do Ministério da Cultura para livro e leitura não passava de R$ 6 milhões). Tião fez aprovar na Comissão de Educação e Cultura R$ 26 milhões para ajudar a zerar o número de cidades sem bibliotecas (eram 1300 em 2003). Seis anos depois, só restam 17 municípios sem bibliotecas. E o orçamento da área no MinC (Ministério da Cultura) saltou para R$ 100 milhões”. (Romerito Aquino/Assessoria)