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Trabalhadores do Deas revelam os descasos e lançam pedido de socorro

Trabalhadores do Departamento Estadual de Água e Saneamento (Deas) programaram uma série de protestos, em todo Estado, com o objetivo de denunciar à sociedade e às autoridades constituídas as precárias condições de trabalho a que estão submetidos.
Deas
O levante, puxado pelo presidente do Sindicato dos Urbanitários do Acre, Marcelo Jucá, visa ainda alertar o próximo governo sobre o caos que vive o setor, apesar do grande volume de recursos disponibilizados pelo Governo Federal, via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Na semana passada, o sindicalista esteve em Sena Madureira, onde constatou que os compromissos assumidos em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado há dois anos, mediante intervenção da Procuradoria do Trabalho, não saíram do papel. As instalações do Deas no município não dispõem sequer de um banheiro para o uso dos operários.

Para chamar à atenção da sociedade e do governador eleito Tião Viana (PT), o sindicato afixou faixas de protesto nos núcleos do Deas no interior do Estado e também na sede do departamento em Rio Branco. Na próxima semana, o sindicato se deslocará até os municípios de Acrelândia e Plácido de Castro, onde pretende verificar in loco as condições de trabalho dos operários.

De acordo com Jucá, o Deas possui atualmente um quadro funcional de 400 trabalhadores,  sendo que 50% deles foram remanejados da extinta Companhia de Saneamento de Água do Acre (Sanacre) e os demais atuam mediante a modalidade Grupo de Trabalho, os populares GTs.

Segundo Marcelo Jucá, a população precisa saber que a crise no abastecimento de água nos municípios do interior não está relacionada ao trabalho dos operários, mas sim a má aplicação dos recursos. Desta forma, sem as intervenções necessárias, o sistema entra em colapso.

Outra proposta defendida pelo sindicalista defende é reativação da Sanacre e a transformação do Deas em agência, com atuação voltada para elaboração e acompanhamento de projetos. “O governo precisa olhar com mais carinho para os operários desse setor e fazer as mudanças necessárias”, observa.

 

 

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