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Jovens são seqüestradas e abandonadas em estrada

Duas adolescentes de 10 e 15 anos de idade foram vítimas de um seqüestro relâmpago por volta do meio-dia de ontem, 30, no bairro Sobral. Segundo informações, 5 homens armados e encapuzados obrigaram as meninas a entrar dentro de um carro de cor preta. Após serem abusadas, elas foram abandonadas na Estrada Apolônio Sales, por volta das 2h50.
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O diarista V.M.R., 54 anos, pai das vítimas, acionou a polícia. Junto com uma equipe da PM, eles circularam toda a cidade à procura das vítimas.
Por volta das 2h50, o pai das meninas recebeu um telefonema de uma moradora da Apolônio Sales informando que as filhas haviam sido abandonadas naquela estrada e estariam machucadas.

Acompanhado dos policiais militares, o pai das garotas foi ao endereço apontado pela denunciante. As adolescentes foram abandonadas na estrada e pediram socorro na casa de uma moradora. A mulher ligou para o pai das garotas e para a polícia.

A jovem de 15 anos (que já estava grávida de 6 meses) e a criança de 10 anos sofreram abusos por parte dos seqüestradores. As meninas apresentavam marcas da violência sofrida em várias partes do corpo.

Encaminhadas à Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher  (Deam), as garotas contaram à polícia que por volta das 11h30 saíram de casa, no bairro Airton Sena, e pegaram um ônibus em direção ao bairro Sobral. Elas estavam indo em direção a um posto de Saúde, onde a adolescente grávida faz o seu pré-natal.

Quando desceram do ônibus, próximo à praça da Semsur, e caminhavam em direção ao posto, foram interceptadas pelo carro preto. Elas foram obrigadas a entrar nele, onde estavam os homens (2 portavam armas e usavam capuz).

As vítimas os reconheceram: Alessandro, Eduardo, Sebastião e o motorista teria o nome de Paulinho. O quinto homem seria um identificado pelo apelido de ‘Flanelinha’.

Os acusados, segundo informações das adolescentes, estavam consumindo entorpecente dentro do carro e as levaram a diversos bairros.
Os homens espancaram as meninas. A grávida foi agredida com murros na barriga e mordidas por todo o corpo.

“Eles passavam as mãos em nossas partes íntimas e três queriam manter relação sexual conosco. Mas os dois que estavam armados não deixaram. Ele disse que era somente para espancar e passar as mãos em nós, porque, caso fossem presos, não seriam acusados de estupro”, contou a garota de 15 anos.

Garotas já teriam sido seqüestradas antes por 3 homens 
O que mais chamou a atenção dos policiais militares foi a revelação surpresa que a família das meninas fez.

O pai das adolescentes contou que é a segunda vez que estes mesmos homens seqüestram as suas filhas. Na outra vez, a Polícia Civil já os teria identificado, inclusive, por fotos que eles têm na delegacia. Não se sabe, contudo, porque eles continuavam soltos.

O primeiro seqüestro aconteceu há cerca de 3 meses. Os homens identificados pelos nomes de Alessandro, Sebastião e Eduardo teriam seqüestrado as garotas e teriam feito a mesma coisa, ou seja, as espancado e abusado delas sem, no entanto estuprá-las, também as abandonando depois.
O pai acredita que pelo fato de não terem sido punidos na primeira vez, eles resolveram agir novamente.

Revoltado, o diarista pede que justiça seja feita e cobra explicação do porquê os acusados de seqüestrar e abusar de suas filhas não foram presos da primeira vez, já que ele registrou queixa-crime na Delegacia da Mulher.

“Se continuar assim, na próxima estes monstros vão matar minhas filhas. E a Justiça não vai faz nada, ou será que sou eu que terei de fazer justiça com as próprias mãos?”, desabafou o pai das vítimas.

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