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Mecânico denúncia traficantes e tem casa alvejada a tiros

O mecânico Raimundo Valério de Araújo, 50 anos, morador da Rua Montevidéu, bairro João Eduardo I, vive momentos de medo e terror desde sábado, 4, quando flagrou 6 homens consumindo entorpecentes no quintal de sua casa.

Segundo o mecânico, já faz vários dias que o grupo teria invadido o quintal de sua casa, onde também funciona uma oficina mecânica, e passaram a consumir e comercializar a droga.

Desesperado ao perceber que pelo menos 2 deles esta-riam armados, Raimundo resolveu denunciá-los à polícia. Por diversas vezes ele ligou para o Ciosp comunicando o ocorrido, mas nenhuma viatura foi enviada para socorrê-lo.

No sábado, 4, por volta das 10h, ele trabalhava na oficina quando os 6 homens – entre eles Wenderson Menezes de Souza e seu primo, conhecido pelo apelido de ‘Cabeludo’, ambos presidiários foragidos – invadiram novamente o quintal e passaram a comercializar a droga em plena luz do dia, na frente dos filhos e dos empregados do mecânico.
Como a polícia não tomou providências, Valério resolveu conversar com os invasores da sua propriedade.

“Eu fui até eles e pedi que se retirassem do meu terreno, pois tinha filhos menores de idade e não desejava que eles testemunhassem aquela situação. Quando falei isso, o tal do ‘Cabeludo’ e do Wenderson partiram para cima de mim, com arma em punho, e  disseram que iam me matar. Mesmo estando com a arma apontada na minha direção, liguei para o Ciosp e informei que estava sendo ameaçado de morte. Nenhum policial veio ao meu socorro. A  sorte foi que  os traficantes resolveram fugir, antes, porém, afirmaram que voltariam para me matar”, contou o mecânico.

Traficantes retornaram e atiraram 8 vezes na direção da casa de Valério – Na noite de sábado, Wenderson e ‘Cabeludo’ voltaram à oficina de Valério armados e passaram a atirar bem na sua direção. A vítima conseguiu se refugiar dentro de casa. Os tiros atingiram as paredes do lugar, num total de 8 disparos.

O mecânico foi até a delegacia da 3ª Regional, onde registrou queixa-crime. Os policiais daquela unidade de segurança conseguiram prender um rapaz, que supostamente teria dado fuga para Wenderson. Mas, logo em seguida, liberaram o jovem, alegando não existir nada contra ele.

A vítima recebeu o recado dos traficantes de que a qualquer momento eles retornariam para matá-lo.

“Eles avisaram que da próxima vez eu não vou escapar. Desde sábado eu não consigo dormir. Não deixo meus filhos irem à escola temendo que decidam fazer algo de ruim com minha a família. Para piorar, eu não estou tendo nenhum apoio da polícia”, desabafou Valério.

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