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Governo de Tião Viana começa a ganhar contornos definitivos

Uma série de três seminários que se iniciou ontem no Centro Diocesano marcam a reta final da transição governamental. Mais de 80 técnicos e políticos representando os grupos de trabalho que desenham o perfil da próxima gestão, que começa no dia 1º de janeiro, apresentaram o resultado das pesquisas que realizam há quase dois meses. Serão 37 grupos mostrando alicerces para a implantação do quarto governo consecutivo da Frente Popular. O governador eleito fez questão de frisar aos participantes: “Críticas negativas a governos anteriores não acrescentam nada ao processo. Temos que ter muito respeito pelo que já foi feito”, avisou.
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O coordenador da transição, professor Rêgo, preveniu os participantes que o projeto que está sendo trabalhado é de continuidade. “Temos que aproveitar os legados dos governadores Jorge Viana (PT) e Binho Marques (PT) para servirem de base aos avanços que acontecerão. O nosso plano de governo deverá contemplar todas as perspectivas históricas do projeto da FPA”, argumentou.

“As mudanças não podem cair como um raio  na população”
Durante entrevista coletiva o governador eleito Tião Viana comentou as diretrizes básicas do seu governo. “É um momento especial porque estamos na reta final e reconhecendo tudo que foi essencial nos 12 anos de governos da FPA. As conquistas que foram obtidas, tudo que tem que ser preservado e o que precisa de ajuste e reorientação. Também o que precisa ser inovado dentro do projeto de políticas públicas que o Acre está vivendo. Temos que analisar como estão os debates do desenvolvimento regional, da mortalidade infantil e se podemos avançar na educação. Se nós podemos de fato no momento humanizar a saúde e como podemos trabalhar o setor produtivo e afirmarmos a industrialização do Acre. Isso tudo não pode cair como um raio em cima da população. Mesmo porque fazem parte de um governo que construiu em etapas a infra-estrutura para podermos afirmar os nossos novos desafios”, explicou.

O governador eleito mostra os próximos passos a serem dados no processo. “Definidos os dados de análise o que foi positivo temos que traçar planos de 120 dias. Alguns vão passar de quatro anos e outros terão o centro de análise e julgamento a cada 120 dias. O governo será auto-analisado por meta, prazo e resultado. A meta tem que ser dada do tamanho das pernas de cada secretaria. Será um governo que vai exigir de si mesmo e se reavaliar três vezes por ano para poder corresponder às expectativas da sociedade”, garantiu.

Focos principais
Também já estão definidos os principais objetivos a serem encarados pela nova gestão governamental. “Os grandes desafios de linha de frente são pela industrialização e o setor produtivo rural. O outro é o setor da saúde. É um compromisso de vida para mim que não tenho como abrir mão de buscarmos a humanização. Os serviços precisam funcionar de maneira racional para alcançarem níveis de respeito que as pessoas têm buscado ao longo da história. Agora é hora de afirmar a humanização e o bom funcionamento dos serviços de saúde pública. Quem estiver trabalhando tem que enxergar com respeito aquele que está chegando para ser atendido e vice-versa. Assim a gente vai superando as barreiras”, orientou.

Indagado sobre a questão da dengue, Tião Viana faz uma reflexão. “A dengue é um problema gravíssimo do Brasil porque já passamos de um milhão de casos e o Acre está entre os 10 estados com o maior número de casos. A situação é preocupante e nós temos que enfrentar esse problema de mãos dadas com a população entendendo que com união, responsabilidade política e bom aproveitamento dos recursos disponíveis nós vamos poder resistir. No próximo ano poderemos dar um impacto definitivo, a partir de maio ou junho, na redução do número de casos aqui no Acre”, finalizou.

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