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Políticos acreanos repercutem entrevista de Lula em A GAZETA

A entrevista exclusiva publicada na edição de domingo em A GAZETA repercutiu entre os políticos acreanos. Ontem, as palavras do presidente Lula (PT) ainda provocavam a reflexão de vários setores da sociedade. O líder do governo na Aleac, deputado Moisés Diniz (PCdoB), achou positiva a posição de Lula em relação ao Acre. “Numa entrevista anterior que li parecia que o Lula estava magoado com o povo acreano. Nesta de A GAZETA já senti uma mudança no clima. Ele mostrou serenidade de que é preciso haver uma análise mais aprofundada do que aconteceu nas eleições de 2010. Acho que o tom foi o de dar tempo ao tempo”, afirmou.
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Francisco Nepomuceno, o Carioca, um dos principais articuladores políticos da Frente Popular, também evocou o tempo como fator preponderante para um estudo dos acontecimentos eleitorais. “Nós estamos fazendo várias leituras do resultado das urnas de 2010. No próximo dia 11, o PT fará uma plenária para tratar do assunto. A principal reflexão é que atualmente vivemos um quadro inusitado eivado de contradições complexas. Não dá para fazer uma análise simplista dos acontecimentos políticos”, salientou.

Carioca destaca as contradições que ficaram explícitas nos resultados das urnas. “Ganhamos a eleição ao governo nos municípios governados pela oposição. Perdemos naqueles com gestão da FPA. Por outro lado, o governo do Binho é o sétimo mais bem avaliado do país segundo o Ibope. Mas não podemos deixar de refletir sobre a longevidade do poder que causa um desgaste natural. Fizemos um estilo de campanha parecido com a nossa primeira nos anos 90 quando a realidade social já mudou. Outra questão é que quando começamos éramos comparados com outros governos. Agora, somos comparados com nós mesmos”, argumentou.

Já para o presidente da Aleac, deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) o interessante da entrevista do Lula foi o alto poder de observação do presidente. “Ele deu uma importante demonstração de conhecimento das coisas do Acre. Isso demonstra o carinho que tem pelo nosso povo. Mas acho que não é preciso contratar um sociólogo para fazer um diagnóstico do resultado eleitoral. É preciso que nos aproximemos mais do povo para que sejam identificados os problemas”, ressaltou.

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