A deputada federal eleita Antônia Lúcia (PSC) chega a Rio Branco nesta sexta-feira, 10, para prestar esclarecimentos ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A afirmação foi dada ontem, 9, pelo advogado Valadares Neto, depois da decisão monocrática do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, que revogou o pedido de prisão decretada pelo juiz da 10ª zona eleitoral, Romário Divino.
“Nós consideramos que a decisão do juiz Romário Divino foi equivocada e recorremos ao TSE. No final da manhã de ontem, o ministro Marco Aurélio revogou o pedido de prisão. Já comunicamos a Polícia Federal e o TRE, para evitar outros problemas”, explicou Neto.
Ele revelou que no primeiro momento foi impetrado habeas corpus junto ao TRE, que não foi apreciado. “O relator solicitou informações à 10ª zona, mas o juiz estava de férias. Como se aproxima a data da diplomação, resolvemos recorrer ao TSE”, disse.
Valadares Neto revelou que existem duas ações de investigação eleitoral e duas representações contra Antônia Lúcia, que deveriam seguir em segredo de Justiça. Valadares Neto lembrou que no mesmo processo 12 pessoas são acusadas e apenas quatro foram notificadas, entre eles, o deputado estadual eleito, Denilson Segóvia.
“Oito pessoas que são denunciadas não foram encontradas e, curiosamente, o Ministério Público, pediu apenas a prisão da Antônia Lúcia. O correto seria decretar a prisão de todos. Outra coisa é que, em outros processos, a minha cliente, mesmo não sendo encontrada, foi citada por edital. Porém, creio que pela falta de experiência do magistrado, foi decretada a prisão dela”, argumentou.
O advogado disse ainda que não existem elementos que possam impedir a diplomação da deputada federal eleita, no próximo dia 17. Fiéis de várias igrejas prometem realizar um grande ato para receber Antônia Lúcia. (Rutemberg Crispim/Agazeta.net)