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O papel da inteligência social nas relações interpessoais

A empatia ou capacidade de harmonizar pensamentos e sentimentos nas relações interpessoais é a principal característica do comportamento denominado “Inteligência Social”, título do novo livro do psicólogo americano Daniel Goleman (Editora Campus/Elsevier, 2006), que a define como a capacidade de se relacionar melhor com as pessoas, a partir da compreensão dos sinais não verbais emitidos por elas.

A inteligência social é uma das competências mais valorizadas no mundo profissional, pois possibilita uma maior interação, trabalho em equipe e colaboração entre pessoas. Daniel Goleman explicou que a inteligência social é a aplicação da inteligência emocional nas relações interpessoais, ou seja, alguém ser socialmente inteligente significa possuir alto grau de empatia e de consciência social.

É preciso compreender os sentimentos dos outros e reagir de forma adequada a esta compreensão. Segundo a Programação Neurolinguística (PNL), é através da linguagem não verbal, ou seja, da comunicação interpessoal através de gestos, expressões e sorrisos, que ocorre a compreensão real dos sentimentos das pessoas. Muitas vezes nossos sentimentos não estão de acordo com as palavras, por isto é necessário traduzir estes sentimentos através da comunicação não verbal.

Ainda segundo Daniel Goleman, ambientes muito competitivos que glorificam pessoas ambiciosas, vaidosas,  podem incentivar o desenvolvimento de profissionais incapazes de sentir empatia. Essas pessoas podem ser agrupadas em três tipos distintos:

* Narcisistas – normalmente este profissional é muito competitivo e propenso a explorar as pessoas para sobressair-se a qualquer custo. Pode ser um tipo valioso para algumas empresas, desde que não cometa excessos. Não tem empatia, pois só pensa em si mesmo.

* Maquiavélicos – este é o tipo de pessoa socialmente esperta, sagaz e que desenvolve empatia com o objetivo de beneficiar-se. Os fins justificam os meios para ele, tem grande capacidade de negociação e diplomacia, mas normalmente é frio e calculista, não tem piedade de ninguém quando deseja beneficiar-se. Habitualmente usa outras pessoas para beneficiar-se, é pessoa egoísta, fria, planejada, maquiavélica. Portanto pessoa perigosa.

* Psicopatas – quando o maquiavélico perde o controle de si mesmo, tende a tornar-se um psicopata. Incapaz de reconhecer emoções, não tem empatia, não tem medo, nem sente ansiedade e age friamente, mantendo-se calmo em ocasiões de muito stress. São pessoas que se dão muito bem em situações ilícitas ou no mundo do crime. Cometem coisas absurdas e não sentem nenhuma emoção, são frias, calculistas e muito perigosas.

Estes três tipos de deformação psicológica são extremamente prejudiciais nas organizações e, também, na vida social. Numa instituição de ensino superior, por exemplo, esse tipo de gente costuma provocar caos. Demonstram baixo grau de “inteligência social” comprometem o relacionamento profissional e prejudicam a instituição onde trabalham porque o “eu” deles está à frente de tudo e de todos. São pessoas que não podem ser contrariadas, nunca sabem perder, sempre tramam vinganças. Suas mentes trabalham para destruir o crescimento de outras pessoas, trabalham para criar dificuldades à empresa. Esse tipo de gente, no serviço público, deveria ir ver o sol “nascer quadrado”. Afinal, são pagas para causar danos morais, sociais, educacionais, enfim, danos ao serviço público.

De tudo que aqui se diz é fundamental desenvolver a inteligência social, no sentido de promover um bom relacionamento interpessoal nas relações de trabalho, na gestão da carreira e para o marketing pessoal. Pois esse tipo de inteligência nos possibilita criar um clima harmonioso e motivado dentro das organizações, contribuindo com uma maior produtividade e, consequentemente, melhor ambiente de trabalho, com paz, harmonia, tranqüilidade, prosperidade, atendendo bem sem olhar a quem.

DICAS DE GRAMÁTICA COMO ESCREVER OS PORQUÊS, PROFESSORA?
Há quatro maneiras de escrevê-los, vejamos:
01) Porquê – É um substantivo, por isso somente poderá ser utilizado quando for precedido de
artigo (o, os), pronome adjetivo (meu(s), este(s), esse(s), aquele(s), quantos(s)…) ou numeral (um, dois, três, quatro).
Ninguém entende o porquê de tanta confusão. 
Este porquê é um substantivo.
Quantos porquês existem na Língua Portuguesa?
Existem quatro porquês.
 
02) Por quê – Sempre que a palavra que estiver em final de frase, deverá receber acento, não
importando qual seja o elemento que surja antes dela.
Ela não me ligou e nem disse por quê. 
Você está rindo de quê?
Você veio aqui para quê?
 
03) Por que – Usa-se por que quando houver a junção da preposição por com o pronome interrogativo que ou com o pronome relativo que. Para facilitar, pode-se  substituí-lo por  qual razão, pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais, por qual.
Por que não me disse a verdade? = por qual razão. 
Gostaria de saber por que não me disse a verdade. = por qual razão. 
As causas por que discuti com ele são particulares. = pelas quais.
Ester é a mulher por que vivo. = pela qual.
 
04) Porque – É uma conjunção subordinativa causal ou conjunção subordinativa final ou conjunção coordenativa explicativa, portanto ligará duas orações, indicando causa, explicação ou finalidade. Para facilitar, pode-se substituí-lo por já que,  pois ou a fim de que.
Não saí de casa, porque estava doente. = já que. 
É uma conjunção, porque liga duas orações. = pois.
Estudem, porque aprendam. = a fim de que.

Luísa Galvão Lessa – É Pós-Doutora em Lexicologia e Lexicografia pela Université de Montreal, Canadá. Doutora em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Pesquisadora Sênio da CAPES.

 

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