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Comerciantes fazem apelo para voltar ao mercado atrás da praça da Semsur

Cansados de trabalhar sem espaço e em condições insalubres, os pequenos comerciantes que atuavam no mercado da praça da Semsur, no bairro Sobral, fizeram apelo para voltar a estabelecer seus negócios no local. Há cerca de 10 meses, em março de 2010, o prédio do mercado começou a ser reformado devido a problemas estruturais. Com isso, os mercadores foram realocados para uma tenda verde improvisada nos fundos da praça, para que não ficassem sem ter onde trabalhar enquanto perdurassem os reparos.

A previsão prometida para finalizar as obras, segundo os comerciantes da área, seria até o final do ano passado, em dezembro. Mas até agora a instalação ainda não foi reaberta. Por isso, os mercadores (permissio-nários) estão ansiosos para voltar ao espaço reformado e sair da tenda da prefeitura. A pressa se dá pela referida tenda ter espaços pequenos em cada stand (cerca de 2x2m) e por cada vez mais terem problemas higiênicos, como ratos, insetos e outras ‘pragas urbanas’.

Ao todo, o mercado comportava 4 pensões (comidas caseiras), 2 lanches, 1 borracharia, 4 eletrônicas (relojoaria, conserto de TVs, etc), 1 frutaria e 1 loja de roupas e itens em geral, entre outros. A questão do espaço é o que mais prejudica os comerciantes de serviços. Já a falta de higiene é o que mais compromete os vendedores de alimentos.

Nesse sentido, eles aguardam ansiosos para voltar ao mercado. Alguns com expectativas boas e paciência quanto à reforma. Outros ficaram tão desanimados pela demora que até consideraram desistir do local.

Um deles é Carlos Lacerda, dono da Usadão Eletrônicos. Ele passou a atuar no mercado há cerca de 3 anos, dos quais 10 meses foram tendo que consertar TVs no curto espaço do seu box na tenda verde. Conforme Carlos, se o novo mercado não reabrir logo será melhor buscar um novo lugar para tocar os negócios.

Outros comerciantes também contaram que se não fosse pela credibilidade conquistada junto aos fregueses do bairro, dificilmente ainda teriam clientes para manter as vendas neste período em que estão trabalhando em local improvisado.   

Prefeitura promete fazer inauguração do mercado até março – Ciente das necessidades dos vendedores, o secretário municipal de Agricultora, Mário Jorge Fadel, assegurou que os mercadores permissionários da área devem começar a ser realocados nos blocos do mercado a partir do final deste mês e em fevereiro. Em março, no máximo, Fadel diz que a prefeitura deve inaugurá-lo, juntamente com a revitalização que será feita na praça que o comporta (a da Semsur), para completar a sua extensão. 

Para esclarecer o que alguns dos mercadores taxaram de ‘atraso nas obras’, o secretário contou todos os detalhes do projeto. De acordo com ele, a reforma nasceu por meio da emenda parlamentar de autoria do então deputado federal Nílson Mourão, que requereu convênio entre a prefeitura e o Projeto Calha Norte (PCN), do Ministério da Defesa. As obras iniciaram-se em março e ficaram prontas no fim de julho de 2010. Desde então, o prédio teve de passar por uma série de visto-rias técnicas do próprio PCN, do Corpo de Bombeiros, dos intaladores dos serviços de energia, água e esgoto, entre outros.

Todas as vistorias só foram finalizadas em dezembro deste ano (isto é, o mês não era um prazo da inauguração do mercado, e sim para que as inspeções ficassem prontas). Segundo Fadel, todas elas foram altamente necessárias, já que garantem estabilidade no fornecimento de energia aos comerciantes nos blocos. Agora, só falta afixá-los em seus espaços e atender as exigências de seus negócios, o que será feito a partir deste mês.

A revitalização na praça da Semsur (que já está com projeto concluído, orçado em R$ 990 mil), também será de grande importância para melhorar os acessos ao novo mercado.

 

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