Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Economia Solidária do Acre é referência nacional

Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem.

No Acre, a  economia solidária é referência nacional pelo trabalho desenvolvido na coordenação municipal de Economia Solidária de Rio Branco, que criou os meios que  vem se apresentando, nos últimos anos, com inovação na geração de trabalho e renda e uma resposta em favor da inclusão social. Em uma visão mais ampla, economia solidária é uma forma de produção, consumo e distribuição de riqueza centrada na valorização do ser humano e não do capital. Tem base associativista e cooperativista, e é voltada para a produção, consumo e comercialização de bens e serviços de modo autogerido, tendo como finalidade a reprodução ampliada da vida. Sobretudo, compreendo o  trabalho como um meio de libertação humana dentro de um processo de democratização econômica.

Não foi sem esforço que Rio Branco – junto com Santa Maria (RS) – foram apontados na Convenção Nacional de Economia Solidária como referência nessa proposta. Rio Branco rea-lizou em 2010 a segunda edição da Feira PanAmazônica e vá-rios outros empreendimentos mas principalmente criou marcos legais como a lei 1.702, de 29 de abril de 2008 (autoria da vereadora Maria Antônia) o que gerou o Conselho Municipal de Economia Solidária.

Em 2008, o prefeito Raimundo Angelim recebeu do Sebrae o Prêmio Prefeito Empreendedor (Região Norte) e os avanços foram surgindo sucessivamente: apenas na Feira de Economia Solidária, realizada na Praça da Bandeira, movimentou R$ 203 mil durante uma semana. Nesse período, cerca de 100 empreendimentos solidários receberam a visita de mais de trinta mil pessoas, de acordo com o ex-coordenador do projeto, Paulo Braña, agora assessor da Secretaria Municipal de Florestas e Agricultura (Safra).

E sistema organizacional deverá obter salto de qualidade nos próximos anos. Economia solidária compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário. 

A Feira PanAmazônica, apontada por Braña como o evento  que melhor traduz o esforço da prefeitura no setor, movimentou R$ 5 milhões em cinco dias em negócios que beneficiariam diretamente 3.000 pessoas. De modo geral, projetos de Economia Solidária possuem características de cooperação, solidariedade, e  autogestão com dimensão econômica diferen-ciada. Trata-se de um serviço tão vigoroso que o governador Tião Viana criou a Secretaria Estadual de Pequenos Negócios, que irá atuar nessa linha.

Em Rio Branco há 250 empreendimentos solidários. Levando-se em conta os negó-cios em praças e mercados, são 44 empreendimentos que geram 132 oportunidade de trabalho e renda. Há também as lavanderias comunitárias, que oferece trabalho para 24 mães de família, e as hortas comunitárias – as quais envolvem 30 famílias de baixa renda. Os investimentos não param: no próximo mês de fevereiro o prefeito Raimundo Angelim inaugura o Centro de Artesanato, que além de comercializar a produção de artesãos locais, irá sediar o programa de Economia Solidária. O centro foi construído com recursos próprios da Prefeitura e de emendas orçamentárias propostas pela deputada Perpétua Almeida. A unidade recebeu – e está recebendo – R$ 416 mil em investimentos visando benefi-ciar cerca de 500 artesãos.

O segmento alimentação é muito forte entre os empreendimentos solidários. Levando-se em conta o universo de negó-cios, a economia solidária oferece mais de 1.000 oportunidade de trabalho e renda ao ano em Rio Branco. (Ascom PMRB)

 

 

 

Sair da versão mobile