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Governo do Estado quer humanizar serviço público

O desafio é grande, mas o esforço para desempenhar uma atuação mais voltada às reais necessidades da população deve partir de algum lugar. Por isso, o Governo do Estado está dando os primeiros passos para consolidar o resgate e a criação das iniciativas de humanização e confraternização entre os servidores públicos. Os primeiros planos ainda são tímidos, já que a ‘ordem’ no momento ainda é reorganizar os órgãos e secretarias do Estado. Contudo, a partir do 2º trimestre deste ano tal corrente deve ser intensificada.
ATENDIMENTO---VICTOR-AUGUST
A meta é bastante clara: não deixar tais palavras serem banalizadas, trazendo benefícios de verdade na qualidade de vida do funcionalismo público e, sobretudo, do povo acreano. Para tanto, a cadeia humanizadora começa pelo apoio dos gestores de cada órgão, passa pelo envolvimento dos servidores e termina refletida direto no trato junto à população. 

Segundo Francis Mary, atual secretária-adjunta da SGA e uma das grandes responsáveis em disseminar tal corrente, a maior diretriz inicial da dita ‘humanização’ é potencializar todas as práticas de integração/ lazer que já vinham sendo realizadas antes e estimular a criação de novas iniciativas. Entre tais atos, são incluídas atividades de sensibilização e motivação multi-profissional, a fim de retirar a carga horária e demanda extenuante dos servidores públicos (stress que muitas vezes se faz presente na hora de atender as pessoas).

Nesse sentido, Francis Mary conta que as idéias já estão começando a ser reunidas para os testes e adaptações logísticas a cada segmento, bem como para futuras aplicações. A concretização delas, prega a gestora, requer a utilização de métodos indispensáveis. Por exemplo, da arte, cultura, cinema, palestras, festas, pausas, reuniões sociais e sessões de relaxamento para despertar o espírito de equipe e renovar as energias do servidor.

“Estamos firmando parcerias com a Fundação Elias Mansour para tentar, especialmente pela arte, estabelecer os canais de integração com toda equipe que compõem os órgãos e secretarias públicas. A meta é harmonizar melhor os ambientes de trabalho, resgatando velhas tradições, como festas de aniversários e sessões de filmes com curta duração em pequenas pausas, com as novas idéias que adotaremos. Mas para que isso aconteça, será preciso contar com o apoio total dos gestores, dos servidores e até do público. O gestor precisa apostar no seu servidor e abrir espaço para a entrada destas iniciativas”, afirma ela.

Entre as  formas de consolidar este trabalho, a secretária adianta que uma ferramenta vital será a instalação dos Grupos de Humanização em cada pasta de altas demandas de serviços. Segundo Francis Mary, a estratégia deles é montar pelo menos uma equipe responsável por incentivar e acompanhar tais práticas em cada órgão. A seguir, o grupo relata a situação de cada lugar para uma secretaria de articulação geral de humanização, que ainda seria cria-da com vínculo junto à SGA.

“Projetos e iniciativas nesta linha serão uma das grandes prioridades da atual gestão do Governo do Estado. Por isso, é preciso ter um núcleo responsável em sistematizar as idéias, firmar as parcerias, cuidar das especificidades de cada área e acompanhar o andamento dos trabalhos. Enfim, concretizar as coisas. Esta será uma missão muito difícil, mas que já está começando a ser desencadeada e deve crescer bastante daqui para frente”, prevê.       

Atitude pioneira – Sem dúvida, um dos fatores que tornam o desafio de humanizar o serviço público mais difícil é o pioneirismo da idéia. Conforme Francis Mary, não há nenhum exemplo de gestão desta forma que se estendam a todas as áreas de atuação pública. Os poucos que existem são modelos direcionados exclusivamente para a Saúde. Inclusive, há até um plano nacio-nal de humanização da área. Expandir tal corrente a outros setores, revela Francis Mary, foi uma atitude precursora do governador Tião Viana.

“O foco mais abrangente deste conceito partiu desta nova gestão. Portanto, tudo se trata de experiências novas, mas que se forem trabalhadas de forma conjunta e eficiente, têm todas as disposições para dar certo. Hoje, algumas pastas já demonstram interesse, como o Hospital das Clínicas (está com planos avançados), a Secretaria de Segurança Pública, Previdência Social (até os usuários manifestam vontade de participar), o Pronto-Socorro (Huerb), Sesacre e 3 diretorias da SEE. Para mim, isso é uma prova da vontade do poder público em melhorar a qualidade dos serviços prestados à população”, finaliza Francis Mary.  
    

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