Ao invés de tomar a frente da sede do Instituto Sócio-Educativo do Acre (ISE/AC), os agentes sócio-educativos decidiram adiar o manifesto que estava marcado para a manhã de ontem, 13. O ato seria montado pelo sindicato da classe, o Sintase (recém-criado, após 1 ano de insistência), e motivado por insatisfações gerais dos trabalhadores do setor.
A decisão de deixar o protesto em espera partiu da entidade sindical, após receber resposta da nova diretoria do ISE de que sentaria para discutir as pautas de reivindicação.
O instituto e a categoria são responsáveis pelo funcionamento do sistema penitenciário para menores infratores do Estado. Tais agentes desempenham funções semelhantes às dos agentes penitenciários. Ao todo, eles somam cerca de 206 efetivos em todo Acre.
De acordo com Betho Calixto, presidente do Sintase (que também engloba pedagogos, psicólogos e assistentes sociais), os secretários do novo presidente do ISE, Dimas da Silva Sandas, lhe procuraram para agendar uma reunião até a próxima sexta-feira (22). Até lá, a classe prefere ter o bom senso de aguardar a posição dos novos gestores. Caso o encontro não seja satisfatório para as negociações de acordos, a categoria deve retomar o movimento de protestos logo em seguida.
Entre as maiores exigên-cias cobradas pelos agentes sócio-educativos, Betho ressalta: a compra de viaturas equipadas para a escolta dos menores apreendidos; a contratação de mais agentes (o atual efetivo seria insuficiente); compra de fardamentos padronizados; mudança da carga horária para a escala 12:36h (já que a de 6:24h de hoje é tachada por eles como ‘estressante’); providências de uma carteira funcional do sócio-educador; mais investimentos para a melhoria na estrutura das unidades do setor, dentre outras.
Os agentes esperam que haja mais disposição da nova diretoria para buscar soluções para tais questões.