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Índios fortalecem controle social em ações de saúde

Em reunião realizada ontem (25), no Auditório da Escola Campos Pereira, índios de sete etnias do Acre, Sul do Amazonas e Noroeste de Rondônia definiram o controle social como estratégia para assegurar maior eficiência na definição e aplicação de políticas públicas para a saúde indígena. Hoje, eles se encontram com o secretário Nacional de Atenção Indígena, Antônio Alves.
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A reunião foi organizada pelo Conselho Distrital de Saúde Indígena do Alto Purus (Condisi), que renovou a direção da entidade. “O controle social, definido nos espaços dos conselhos gestores, é a forma mais eficiente de se evitar que políticas públicas ‘alienígenas’ estejam entre nós”, disse o presidente do Condisi, Francisco das Chagas da Silva Kaxinawá.

Na semana passada, depois de ficarem 80 dias acampados em frente ao prédio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), eles sitiaram a Casa de Apoio à Saúde do Índio (Casai) e fizeram 30 funcionários reféns, dentre eles o chefe do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Alto Rio Purus, Raimundo Alves Costa. O protesto reivindicava por melhorias na prestação dos serviços de atenção à saúde indígena.

O impasse só teve fim depois da intervenção de uma comissão formada por procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e um delegado da Polícia Federal. Durante a reunião, os líderes indígenas apresentaram à comissão sua pauta de reivindicações.

“Não queremos mais uma situação desgastante que trouxe perdas para todos. Mas, nesta queda de braço provocada por eles, só quem perdeu de verdade foram os povos indígenas”, disse o presidente da Federação dos Povos Huni Kui do Acre, Ninawá Huni Kui.

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