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Peça da máquina do Hospital do Cancêr quebra, mas deve ser trocada na segunda

A máquina de cobalto do Hospital do Câncer, única em todo Estado, apresentou defeitos em uma de suas peças de suporte na sexta passada (8) e está inoperante desde então, para reparos. O equipamento é o carro-chefe para fazer todos os tratamentos cancerígenos de radioterapia, desde tumores na cabeça e pescoço até próstata, útero e pulmão. Por isso, a direção do hospital acionou, de imediato, a fabricante argentina, para rea-lizar a reposição da peça defeituosa. A previsão é de que a máquina esteja operante já a partir desta semana.
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O aparelho foi comprado há 3 anos e meio, em 2007, e inserido numa sala especialmente projetada para garantir seu funcionamento com segurança (tem paredes revestidas com 1,2 a 2 m de espessura, com concreto). A garantia de vida útil é acima de 15 anos, exigindo apenas cuidados de manutenção. Atende uma média de 50 a 70 pacientes de câncer por dia, com 15 a 20 novos pessoas por mês. Em outras palavras, ele nunca ‘descansa’. 

A placa de suporte quebrada aciona a luz de precisão do feixe de radiação da máquina, o que indica o ponto exato onde a radiação deve atingir. Como a radioterapia é quantitativa (termina quando atinge um número x de sessões), não foram registrados casos de emergência nesta semana. Há apenas alguns incômodos – mais psicológicos – pelo paciente não poder usar a máquina. Em Belém, onde o aparelho vem de outro país, um hospital passou quase 3 meses sem radioterapia.   

De acordo com a gerente geral do centro hospitalar, Eigile Barros, e os físicos responsáveis, Emer Sales e Marinomi de Brito, a placa rompida opera num sistema completamente diferente do mecanismo de contenção da radioatividade gama do cobalto – que fica em uma fonte impenetrável, protegida por mais de 30 cm de chumbo. Portanto, a peça danificada não representa ameaça, de forma alguma, no sentido emitir radiação ao Hospital do Câncer.

Além disso, eles também explicaram que a máquina foi instalada e opera seguindo todas as mais rígidas medidas de controle afixadas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnem). Os próprios operadores técnicos utilizam medidores para se certificar de tal segurança. Caso houvesse um risco mínimo, todo o local estaria interditado, aos cuidados da Cnem.

“Este é um aparelho bastante hidráulico, utilizado várias vezes por dia nos tratamentos daqui. Logo, ele está sujeito a apresentar falhas. É natural. Para consertá-lo, a direção já solicitou da empresa a peça nova para fazer a substituição. Como a garantia da máquina é de 15 anos, nem foi preciso abrir licitação para a compra. Hoje (ontem), foi informado que ela já estava no Rio de Janeiro e deve chegar aqui no sábado ou na segunda. Assim, o técnico virá instalar a peça e fazer testes para assegurar que o equipamento de cobalto esteja pronto, provavelmente, para o uso ainda nesta próxima semana”, concluiu Eigile.       

 

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