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Precavida, prefeitura decreta Plano de Contingência para possível enchente

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De olhos nas previsões meteorológicas para os próximos meses do “inverno amazônico”, o prefeito Raimundo Angelim sancionou ontem o Plano de Contingência de Enchentes 2011. Integrado por várias secretarias do Estado e município, o plano tem como objetivo estabelecer as ações a ser executadas pelo poder público em um eventual transbordamento do Rio Acre.

Apesar de o rio registrar um dos menores níveis para esse período do ano, a prefeitura avalia que não se pode esperar de braços cruzados as variabilidades das chuvas. Em outras épocas, a Capital sofreu enchentes em meses atípicos, como o final de abril.

Ás 10h de ontem, o Rio Acre media 4,38 metros. De acordo com a Defesa Civil, o rio tinha medições semelhantes nos meses que precederam grandes enchentes, como as de 1988 e 2006. “A probabilidade maior é de ocorrência de chuvas em fevereiro”, disse o major George Santos, chefe em exercício da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil.

Para ele, os dados históricos justificam a prefeitura a já assinar o Plano de Contingência, mesmo ante o atual cenário climático.  Janeiro é um mês tradicional em que o Rio Acre ultrapassa as cotas de alerta para atingir os bairros localizados na parte baixa da cidade. Entre 1971 até agora, o manancial contabilizou quase 55 dias acima do nível de alerta no primeiro mês do ano. Em seguida vem fevereiro (235 dias), março (168 dias) e abril (97 dias).

Previsões obtidas pela Defesa Civil estimam que os três primeiros meses de 2011 apresentem índices pluviométricos acima da média histórica.  “E em dezembro do ano passado choveu 230 milímetros, sendo que a média histórica é de 250 mm para esse mês. Os números estão bem próximos”, comparou o major. As cinco maiores enchentes das últimas décadas causaram prejuízos de R$367 milhões aos cofres públicos, sociedade civil e iniciativa privada.

Rio Branco convive com os problemas das enchentes desde a década de 1970, quando a população da cidade inchou com o êxodo rural provocado pela expulsão de seringueiros da floresta, que deram lugar às grandes fazendas de gado. Foi nesse período que surgiram os primeiros bairros periféricos às margens do Rio Acre. De lá para cá o problema só tem se agravado, com mais famílias construindo casas em áreas de risco.  

 

 

 

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