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Prefeitura assina convênio com duas entidades sociais que acolhem crianças e adolescentes em Rio Branco

Duas organizações sociais sem fins lucrativos foram beneficiadas com emenda do deputado federal Henrique Afonso (PV/AC), para o recebimento de aporte financeiro e repasse de insumos feitos pela Prefeitura de Rio Branco. Ambas atendem crianças e adolescentes em situação de risco social.

O convênio é no valor de R$ 105 mil e foi assinado ontem, entre o prefeito em exercício, Eduardo Farias, e representantes da Casa Lar Ester e Educandário Santa Margarida. Ele resolverá um problema enfrentado há anos pelas duas entidades: a contratação de servidores.

Hoje, o trabalho de assistência é mantido por meio de doações e ações voluntárias no acolhimento de crianças e adolescentes vítimas de violência e abuso sexual (no caso da Casa Lar Ester) e de desagregação familiar (Educandário Santa Margarida).

O recurso terá validade de 1 ano e será dividido em duas etapas, recebendo cada Organização Não Governamental R$ 52 mil. A outra parte será liberada a partir de julho. À prefeitura de Rio Branco será responsável pelo repasse de insumos para a manutenção das casas, tal como material de expediente administrativo e utensílios de cama, mesa e banho.

Administrada pela Jocum (Jovens com Uma Missão), que ainda mantém 1 albergue, 1 casa-abrigo e 3 casas terapêuticas, a Casa Lar Ester tem abrigadas atualmente 18 meninas entre 7 e 17 anos, vítimas de violência e abuso sexual. Esta será primeira vez que a Jocum terá um funcionário remunerado em 9 anos de atividades.

A diretora da Casa Lar Ester, Quênia Moraes, afirma que o convênio é muito importante para as organizações sociais que enfrentam no dia-a-dia as dificuldades para manter instituições como estas. “A recompensa vem quando, de noite, olho para as meninas e vejo que estas estão protegidas”.
Autor da emenda, o deputado Henrique Afonso considera este um momento simbólico e que precisa servir de exemplo para parlamentares e gestores.

“Sabemos das dificuldades das entidades sociais no exercício dos seus trabalhos. Sei da importância que essas duas entidades, com trabalhos credenciados e reconhecidos, têm como oportunidade para dar um novo destino a essas crianças. Estou feliz, como parlamentar, por poder contribuir com tal processo”.

Voluntário desde 1982, Raimundo Dias é um dos diretores do Educandário Santa Margarida, que tem 40 crianças de todas as idades em sistema de acolhimento temporário. Criado há 68 anos para abrigar filhos de portadores de hanseníase encaminhados às colônias de tratamento da doença, o educandário sobrevive com altos e baixos financeiros, graças à doação de colaboradores. “Os integrantes do sistema de garantia de direitos recebem doações que não podem ser abatidas do imposto de renda. Falta uma legislação para incluir verbas de convênio para pagamento de servidores, como essa que recebemos agora”, avalia ele.

 

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