Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Presidente do IBGE inaugura nova sede, avalia o Censo 2010 e traça novas metas

Após mais de 1 ano e meio de reformas, a sede do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Acre foi formalmente reinaugurada na manhã de ontem (18). O espaço foi ampliado para mais de 900 m2, com novas instalações para recepcionar a população, estrutura 100% renovada, áreas otimizadas, arquitetura moderna e melhores adaptações aos serviços da instituição. O prédio revitalizado será de novo o ponto principal do IBGE no Estado, situado na Rua Benjamin Constant, Centro, ao lado da antiga Câmara Municipal.
Presidente-do-IBGE
Para reapresentar a sede, ninguém melhor do que o próprio presidente do instituto, Dr. Eduardo Pereira Nunes. O economista veio ao Acre para mostrar a ‘cara’ da nova sede, fazer um balanço da principal ferramenta do IBGE em 2010 (o censo) e expor algumas das metas prioritárias para os próximos anos (que não terão os censos, mas certamente terão outros desafios a serem superados), assim como o papel social do instituto neste futuro.

Para começar,  o presidente destacou os maiores alvos a serem atingidos para consolidar a função de ‘abastecedor’ de estatísticas para a administração pública. Segundo Eduardo Nunes, o IBGE precisa assumir a missão de fazer o banco de dados único (para pôr fim em divergências); firmar convê-nios com as prefeituras aptas para ajudar em certas funções; fortalecer as comissões municipais de geografia e estatística; e melhorar a qualidade do serviço e os diálogos com o poder público e a sociedade.

“O censo é um trabalho exaustivo, realizado a cada 10 anos para dar um raio-X exato da realidade de todo  país. Portanto, não haverá censo nos próximos anos. Mas isso não nos impede de acompanhar os avanços com outros mecanismos do mesmo grau de precisão. Por exemplo, temos a amostragem de subconjuntos dos 67 milhões de domicílios vistos pelo censo (Pnad, que agora será contínua e em âmbito estadual) e o uso de indicadores sintomáticos (índice de natalidade e mortalidade, de emprego, impostos, etc). Tudo isso deve ser bem definido com a sociedade para resultar numa exatidão maior”, avaliou.

Nesse sentido, ele conta que o IBGE deve fixar mais parcerias com os municípios, a fim de criar instrumentos sempre concisos e exatos entre si. Inclusive, na sua visita ao Acre, o presidente do instituto adiantou que procurará a Prefeitura de Rio Branco para já começar a dar continuidade a este diálogo de integração e aperfeiçoamento com a gestão local.       

Mais – E os projetos não param por aí! Para dar mais dimensionamentos à população sobre o lugar onde vive, o economista ressaltou a extensão e consolidação de pesquisas e outros serviços do instituto. Entre eles, o IBGE visa implantar o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em todo território nacio-nal (com um a nível estadual e mais nas capitais e metrópoles, para ajudar o povo a medir o peso real dos produtos consumidos), ampliar a Pesquisa Mensal de Serviços para todo Brasil e firmar mais parcerias.

Para completar o planejamento de 2011, Eduardo Nunes garantiu que outro grande dever será o de facilitar o acesso da população do país inteiro aos dados e pesquisas do IBGE. Neste ponto, o chefe da Unidade Estadual, Marco Fábio Esteves, diz que a sede reformada terá uma forte contribuição, já que tem um novo auditório para receber pequenos grupos, recepção confortável, salas padronizadas para as equipes trabalharem e ambientes acessíveis. “Foi um remanejamento completo na pasta”, resume Marco.   

Censo 2010 – Considerado o grande marco do instituto no último ano, o levantamento foi muito bem avaliado pela presidente Eduardo Nunes. Segundo ele, o censo foi feito em 3 etapas básicas. A primeira foi a cartográfica, que determina os limites territoriais de cada município (área legal). A segunda foi montar um mapa setorial, que subdivide o país inteiro em 314 mil pequenos pedaços para servir de atuação dos mais de 340 mil recenseadores e supervisores. A terceira foi verificar o número total casa em cada área.

Passada esta parte preparatória (que levou 3 anos para ser feita), foi só executar o estudo conforme o planejado. Segundo o economista, como tudo foi bem feito antes, não houve nenhum grande obstáculo no decorrer do censo. Daqui para frente, ele finaliza contando que as novas ações de 2011 devem dar continuidade aos dados do censo.

Sair da versão mobile