Em 2009, o Acre teve 256 casos de hanseníase, metade do número registrado em 2006, quando o Brasil começou a verificar a redução do índice da doença. Para alertar sobre a necessidade de identificar precocemente os sintomas, a Secretaria de Estado de Saúde promoverá na próxima segunda, 31, um dia de atividades com a campanha Dia da Mancha Dormente. O ato consiste no atendimento de pessoas com suspeitas de manchas indolores na pele e que podem indicar diag-nóstico positivo da hanseníase. Será feito na sede do Programa de Dermatologia Sanitária, na Rua Pernambuco esquina com a Rua Minas Gerais, 286, bairro Dom Giocondo.
Após a confirmação da doença em suas duas formas – paucibacilar (até cinco manchas dormentes iguais) ou multibacilar (mais de cinco manchas) – o paciente é encaminhado para tratamento na rede pública de saúde, com medicação distribuída gratuitamente. Conforme o tipo de hanseníase, o tratamento pode variar de 6 a 24 meses, com duas ou três medicações recebendo o nome de poliquimioterapia (PQT).
Como identificar a hanseníase – A campanha para marcar o Dia Mundial de Combate à Hanseníase quer chamar a atenção da população para a prevenção da doença. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, a henseníase chegou a atingir 15 milhões de pessoas em 1985. Manchas dormentes, esbranquiçadas ou avermelhadas, sensação de formigamento e perda de pelos no local podem ser sinais de hanseníase. As manchas aparecem geralmente nas extremidades do corpo como as mãos, pés, braços, coxas e pernas, mas também ocorrem no rosto. A doença é crônica, infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae.
Se não diagnosticada ou tratada, a hanseníase pode tanto ser transmitida para outros indivíduos como causar lesões ou mutilações no portador da doença como ocorreu com milhares de pessoas em todo o mundo antes da década de 1980 quando o tratamento não era difundido. O atendimento durante o Dia da Mancha Dormente será das 8 às 16 horas por livre demanda.