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Aleac voltará a atividade com a unidade da mesa diretora garantida

Os principais personagens do parlamento estadual se reuniram, ontem, para apresentar a chapa única que irá dirigir os trabalhos na Aleac. Com a presença de representantes dos 15 partidos da Frente Popular, o nome do deputado Élson Santiago (PP) foi confirmado para a presidência. Hélder Paiva (PR) continuará na primeira vice-presidência e Ney Amorim (PT) será responsável pela primeira secretaria.
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O atual presidente, deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), conseguiu articular uma sucessão tranqüila que deve garantir a harmonia do legislativo acreano pelos próximos dois anos. “Nós gastamos muita energia desde o dia 15 de dezembro para construir uma chapa que levasse em consideração a governabilidade do poder e a independência do legislativo. Um olhar plural para a unidade política e a garantia de relações democráticas internas. Assim a maioria não irá passar o trator sobre a minoria”, destacou.

Para Magalhães, a construção da chapa que alcançou o consenso cria um ambiente político favorável ao fortalecimento do Poder Legislativo. “Mas isso só é possível de se fazer estando próximos da comunidade e a Assembléia Aberta sinaliza nessa direção. O Projeto poderá ser reformado e fortalecido. Precisamos de uma agenda voltada para as nossas vocações de desenvolvimento que definam as nossas relações com os nossos vizinhos Peru e Bolívia e um olhar para o além mar via Transoceânica. O nosso poder tem que jogar para incentivar as relações políticas, comerciais e culturais”, salientou.

Antes de deixar o parlamento Edvaldo pregou o fortalecimento da democracia interna da Casa. “É preciso que haja um debate transparente e o funcionamento regular do poder. Não se pode fugir das deliberações colocando-as na gaveta para jogar com o bastidor da política. O ideal é um poder que delibera, discute e se posiciona. As condições estão postas e o parlamento que tomará posse virá imbuído de muita vontade e força e poderá cumprir um importante papel”, profetizou.

O presidente que será eleito na próxima terça, Élson Santiago, já garantiu que deverá dar continuidade a projetos da gestão anterior. “Temos que prosseguir o trabalho bonito que o Edvaldo começou. O desejo de todo parlamentar é ser presidente da Casa. Cheguei ao sétimo mandato e nunca quis isso. Mas agora chegou a minha vez. Como deverei sair da política dentro de quatro anos vou encerrar com chave de ouro”, garantiu.

Ex-candidatos satisfeitos
Nenhum dos outros três parlamentares que colocaram os seus nomes à disputa demonstrou qualquer tipo de contrariedade com a chapa proposta. Luiz Tchê (PDT), preferiu atribuir a sua renúncia ao sucesso da FPA. “Coloquei o meu nome pela experiência de oito anos de parlamento e também pelo trabalho que fiz na Unale. Mas experiência por experiência o Élson Santiago tem sete mandatos e eu só tenho dois. Na política tem momento que a gente precisa recuar”, afirmou.

Outro que demonstrou tranqüilidade foi Hélder Paiva (PR). “Tomei a iniciativa de conversar com os colegas já que meu nome estava à disposição para presidir a Casa. Ocorre que nesse período aconteceu um chamamento de uma atividade que pretendia desenvolver na Assembléia de Deus. Ficou difícil ter tempo de presidir a Casa e uma das nossas igrejas. Retirei o meu nome e me coloquei disponível para colaborar com o Élson Santiago que tem uma experiência muito grande e a Casa está em boas mãos”, explicou.

Também Moisés Diniz (PCdoB) que continuará líder do governo, se posicionou sobre o consenso da chapa. “Diria que foi um resultado surpreendente porque depois de quatro meses de muito diálogo com todas as candidaturas o que prevaleceu foi à unidade como melhor caminho. Quebramos a velha vontade de hegemonia, ou seja, a maioria absoluta atropelando a minoria. Existiram as intenções de fazer a chapa da FPA, mas ponderamos e a tradição de compartilharmos a mesa com a oposição prevaleceu. O jogo político tem a sua divergência, mas o parlamento deve ser dirigido de maneira compartilhada”, argumentou.

Postura da maior bancada
Os parlamentares petistas também concordaram com a amarração política da nova mesa diretora. Mesmo que o tradicional no país inteiro seja o partido com maioria indicar o presidente. Ney Amorim (PT) que assumiu a primeira secretaria explicou: “no Acre nós do PT adotamos uma postura de abrir à participação da escolha do presidente com toda a FPA e não ocupar a posição principal para que os outros partidos possam ser contemplados. Assim podemos construir uma chapa plural e de unidade. O PT preferiu ficar com a primeira secretaria”, resumiu.

O cristão novo do parlamento, Geraldo Pereira (PT) que será líder do PT, endossou as articulações políticas que resultaram na nova mesa diretora. “Foi mais uma demonstração de maturidade da FPA e a experiência do Élson Santiago contou muito. Verdadeiramente o espírito de união foi o mais importante para que FPA tenha a vida longa. Imaginem que a experiência do Élson e do vice Hélder Paiva somadas constituem 15 mandatos parlamentares. Isso ajudará a governabilidade do Tião Viana (PT)”, finalizou.

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