Os 8 anos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram os que a Floresta Amazônica registrou os menores índices de desmatamento da história. Em 2003, quando o petista assumiu o Palácio do Planalto, a Amazônia registrou 23 mil Km2 de área desmatada. No ano passado, o último de Lula, a devastação foi de 6.451 Km2. Os dados são do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Destes 8 anos, em 6 a área ambiental de Lula foi comandada pela acreana Marina Silva. Um dos fatores para o país conseguir a queda nas taxas de desmatamento foi a criação de unidades de conservação em regiões consideradas críticas – como o Pará – e o fortalecimento das operações de fiscalização pelos órgãos ambientais.
A atitude mais firme do governo contra os grandes desmatadores teve influência. Proprietários de áreas rurais que faziam grandes desmates ficaram impedidos de ter acesso a linhas de crédito. O Acre também seguiu esta curva decrescente nos índices de destruição da floresta, que encobre 88% do território. O Estado sempre ocupou as últimas posições de desmate nos rankings do Inpe e do Imazon.
Os dois mandatos de Lula à frente da Presidência foram marcados pela passagem de Jorge Viana e Binho Marques pelo Palácio Rio Branco. Conseguindo reduzir a cada ano o desmatamento, o Acre viu a área desmatada crescer no segundo semestre de 2010. Em 2004, de acordo com o Inpe, o desmatamento no Acre foi de quase 500 Km2.
Ainda não há dados fechados sobre a área afetada pelas derrubadas no ano passado. Mas de acordo com o último relatório do Deter (Deteção de Desmatamento em Tempo Real), a área de floresta devastada no Estado entre setembro e outubro foi de 41,80 Km2; no mesmo período do ano passado o desmatamento chegou a 11,24 Km2. A variação representa um crescimento de 272%.