O deputado federal eleito com mais de 50 mil votos, Márcio Bittar (PSDB) está em Brasília armando estratégias para o seu mandato. “Estou estudando muito. Lendo tudo que diz respeito aos grandes temas que o Congresso Nacional irá debater na nova legislatura”, afirmou. Aproveitando a sua amizade e identificação política com o deputado Cláudio Diaz (PSDB-RS), Márcio já ocupou o gabinete do parlamentar que não conseguiu se reeleger. Bittar, inclusive, vai aproveitar a experiência de parte da equipe do deputado gaúcho para montar a sua própria estrutura na Câmara Federal.
A prioridade da ZPE
O deputado acreano está analisando os vários aspectos que envolvem assuntos como as Reformas Tributária, Política e da Previdência. “Estou me reciclando para poder atuar com mais rapidez. Também estou avaliando todo o histórico da Zona Franca de Manaus para ver os pontos positivos e negativos. A questão diz respeito à instalação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Acre que será uma alternativa importante para melhorar a economia do Estado”, garantiu.
Indagado sobre o fato de ser de oposição e ajudar uma iniciativa do governo do PT, Márcio, ponderou: “a ZPE não é um projeto de um governador ou de um grupo político, mas de todos nós. Quero ajudar para que a obra se concretize. Por isso, já contratei uma pesquisadora que está me ajudando a levantar informações sobre todas as iniciativas econômicas no país que envolve isenções tributárias”, disse ele.
Disputa da prefeitura de Rio Branco
Márcio Bittar nunca escondeu que o seu objetivo político principal é se tornar prefeito da Capital. Mesmo durante a campanha à Câmara Federal explicitou o seu intento aos eleitores. Por isso, boa parte da sua atuação parlamentar estará voltada para questões municipalistas. “Quero construir uma alternativa segura e confiável para fazer uma mudança administrativa em Rio Branco. Por isso, vou montar um escritório na cidade para avaliar de perto os problemas enfrentados pela população. É preciso pesquisar os temas da municipalidade para poder se fazer um diagnóstico verdadeiro de Rio Branco”, argumentou.
Para conseguir o seu intento, o deputado, está arregimentando voluntários. “Eles vão trabalhar de março de 2011 a maio de 2012. O objetivo é perder pouco tempo para apresentar um projeto satisfatório aos rio-branquenses quando chegar a hora. Vamos promover palestras nos bairros para facilitar a adaptação para uma nova maneira de pensar a cidade. É preciso saber onde estão os problemas para poder agir”, salientou.
Bittar quer aproveitar o seu mandato de deputado federal para suscitar alguns debates dentro da própria bancada acreana. “Atualmente temos direito a quase R$ 150 milhões de emendas individuais dos parlamentares acreanos. Acredito que só R$ 15 milhões são destinados a Rio Branco que tem a metade da população do Estado. Acho isso injusto. Teria que ser R$ 75 milhões. Na verdade, a Capital deveria ter pelo menos um quarto do total das emendas individuais e de bancada somadas. Atualmente 50% vai para o Estado que tem muito mais fontes de recursos do que o município. Quero debater isso com serenidade com os meus colegas parlamentares para ver como podemos avançar para proporcionarmos melhores condições de trabalho aos gestores da Capital”, destacou.
Viabilização da candidatura
Todo mundo sabe que o candidato derrotado ao governo da oposição, Tião Bocalom (PSDB), também sonha em concorrer ao pleito da Capital, em 2012. Márcio prefere a via diplomática para solucionar a questão. “Vamos dar tempo ao tempo. Isso não me tira o sono. Ninguém pode se viabilizar a uma candidatura na marra. Acredito ser possível construir um projeto político com espaço para mim e o Bocalom. É uma equação que vamos solucionar à medida que surjam novos fatos políticos. Mas não vejo empecilhos para chegarmos a um acordo vantajoso para todo mundo”, finalizou.
