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Jorge e Aníbal prometem atuação conjunta no Senado

Durante visita ao jornal A GAZETA os dois senadores acreanos da Frente Popular revelaram os seus planos que antecedem o início da nova legislatura. Jorge Viana (PT/AC) e Aníbal Diniz (PT/AC) participarão de reuniões do PT para a escolha do senador que ocupará a vice-presidência e as posições nas comissões internas do Senado. Depois da posse dos novos parlamentares, Jorge e Aníbal voltarão para o Acre para iniciar uma série de visitas a diferentes setores da sociedade no Estado.
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Jorge Viana aproveitou para desmentir que tenha pretendido ser vice-presidente do Senado. “Vamos fechar o ajuste dos blocos políticos garantindo que o do PMDB seja um pouco maior que o do PT para ajudar na governabilidade da presidente Dilma (PT). O PT indicará a vice-presidência e o comando de duas grandes comissões internas do Senado. Nós estamos dois meses nesse movimento e escolhemos o líder Humberto Costa (PT/PE). Faremos a escolha entre a Marta Suplicy (PT/SP) e o Pimentel (PT/CE) para a vice. Mas na preliminar afirmei que o meu nome deveria ficar fora da composição da chapa”, explicou Jorge.

A força dentro do PT das bancadas do Norte e Nordeste podem abrir as portas para movimentos políticos futuros. “Estamos defendendo um sistema de rodízio na mesa diretora. A bancada do PT da região Norte tem quatro senadores: dois do Acre mais o João Pedro (PT/AM) e a Ângela Portela (PT/RR). Se juntar as bancadas do PT do Norte e do Nordeste temos oito senadores. Defendo que haja uma representação nossa. Nós vamos trabalhar para saber quem fica em qual comissão. Mas têm coisas que só decidem na hora”, argumentou.

Opção petista pela vice
Aníbal explicou porque o PT, que tem a segunda maior bancada do Senado, preferiu a vice-presidência ao invés da primeira secretaria. “A opção foi porque poderia ter confronto com o PMDB por deliberações. É preferível ficar com a vice-presidência para trabalhar pelo rumo certo que o Senado deve seguir. A secretaria administra o Senado e a presidência e vice administra a política. O PT quer fazer política porque pode mudar o Brasil. Na administração do Senado se muda no máximo a Casa”, revelou.

Para Diniz, a passagem de Tião Viana (PT-AC) pela Casa fortaleceu a posição do seu partido em relação à escolha. “Ele conseguiu construir bons relacionamentos e foi vice-presidente do Senado. Pôde fazer muitas coisas no cargo e interferir politicamente para o Senado avançar. Tanto que passou dois anos e foi reconduzido ao cargo por mais um período”, avaliou.

Já Jorge Viana acha que deverão acontecer mudanças importantes na próxima legislatura. “Tem um clima de todos os novos senadores querendo fugir da agenda negativa. O governo Lula (PT) mudou a vida do brasileiro no meio da maior crise do mundo. Nós temos uma mudança do tempo e quem mudou junto? Quem está à altura do Brasil que cresce economicamente 7% por ano? As instituições têm que entrar no século XXI, inclusive, o Senado. Tem que fazer uma agenda que esteja à altura do povo brasileiro de hoje e do futuro. O Senado se perdeu numa série de crises internas. Em confrontos que não levaram a nada”, analisou.

O ex-governador prega uma chegada ao Senado com prudência. “Como dizia o Romário ninguém pode querer chegar ao Senado já querendo sentar na janela. Tem um provérbio africano que diz: Quem tem pressa vai sozinho e quem quer ir longe vai com muitos. Acho que a Marina Silva (PV-AC) e o Tião conquistaram o respeito no Senado e nós temos que trabalhar para sermos merecedores desse respeito. Não querer chegar lá e ir se colocando. O Acre é o único lugar onde o PT tem o quarto mandato de governo e isso mostra que o nosso projeto tem dado certo. Eu que sou ligado à área ambiental tenho ainda mais responsabilidade para me apegar aos legados da Marina e do Tião”, salientou.

Aproximação com a população
O ponto principal que os dois senadores acreanos querem trabalhar nos seus mandatos é estarem mais presentes para entenderem as necessidades das pessoas. “Nós vamos tentar inovar para aproximar mais os mandatos da população. Não podemos concorrer com o executivo a nossa atuação tem que ser complementar. A gente tem que achar o fio da meada de estabelecer uma relação mais próxima. Estou com muito ânimo de andar e ouvir as pessoas. O mandato de parlamentar permite isso. O executivo é tomando decisões de manhã até a noite. Ao invés de querer executar as coisas nós vamos semear os bons propósitos e colher o resultado para apoiarmos os governos do Tião e da Dilma”, afirmou Jorge.

Eleições municipais
Nenhum dos dois senadores quis falar sobre o pleito de 2012. “O nosso pensamento maior é nos governos do Tião e da Dilma e nos nossos mandatos. O Tião está passando o sentimento de querer fazer para todo mundo. A Dilma tem saído melhor do que a encomenda. Acho que é precipitado pensar em candidatura de prefeitura este ano. Político profis-sional que não gosta de trabalhar, fica discutindo eleição. Esse é um ano para quem tem mandato no executivo e no legislativo para trabalhar. Passou a eleição e o pessoal da oposição já estava disputando vaga para candidato. Do nosso lado quem fala de candidatura estará se precipitando. A nossa responsabilidade é maior do que a da oposição, que tem também gente muito séria que trabalha, mas outros vivem de factóides e de falar”, ironizou Jorge.

Aníbal Diniz completou: “temos a nossa responsabilidade com o Estado e as prefeituras. Fica deselegante parar para discutir esse assunto. Mas acho bom que fique esse clima de favoritismo da oposição ainda tão longe do momento da decisão. Posso garantir que no PT não haverá reuniões em 2011 para se falar em eleição municipal. Nós temos que prestar contas dos nossos mandatos para a população”, garantiu

A prioridade do projeto da FPA
Como suplente de Tião Viana que recém assumiu o mandato, Aníbal, destacou que o seu mandato estará voltado para o coletivo político da FPA. “A gente está construindo juntos. O meu mandato é de projeto e não de uma pessoa. Sou suplente do Tião e mais que qualquer outro mandato conquistado nas urnas a minha obrigação é de construir com os partidos da FPA. Vou andar com o Jorge na intenção de mostrar que se é possível colocar um problema para dois senadores buscarem a solução. Assim as chances são maiores”, explicou.

Ponte de Rondônia
Depois do início da nova legislatura Jorge e Aníbal já determinaram qual será a missão prioritária deles. “A construção ponte do Rio Abunã na divisa do Acre com Rondônia é uma questão central para o Tião e o governador Confúcio Moura (PMDB). Nós temos um compromisso para iniciarmos as obras ainda este ano. Tem que terminar essa confusão da licitação. As bancadas do Acre e de Rondônia irão trabalhar juntas para resolver o problema. Vamos fazer um mutirão porque o Acre não pode ficar refém dessa situação”, finalizou Jorge Viana.    

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