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Não permitiremos que o dólar ‘derreta’, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira (4) que o governo brasileiro não permitirá que o dólar “derreta”, ou seja, continue em queda. Ele lembrou que o dólar barato prejudica as condições de competitividade das empresas brasileiras, uma vez que as exportações se tornam mais caras e as compras do exterior mais baratas. Apesar da ameaça, já é recorrente de tomar novas medidas, ele informou que nada será anunciado nesta quarta-feira.

“O governo está atento a essa questão do câmbio. Não permitiremos que o dólar derreta. O governo não medirá esforços para impedir o dólar caia. Não vou anunciar medida cambial hoje, mas sempre temos um conjunto de medidas preparadas para a área cambial. Se houver deterioração maior, vamos tomar medidas adicionais. Se não for necessário, melhor ainda”, disse Mantega a jornalistas.

O dólar comercial opera em leva alta na manhã desta terça-feira. Perto das 14h10, a moeda estava cotada a R$ 1,669 na venda, valorização de 1,09%. Na véspera, o dólar comercial caiu 0,90%, a R$ 1,649 na compra e a R$ 1,651 na venda. Menor preço desde 1º de setembro de 2008, quando caiu a R$ 1,646.

Segundo o ministro da Fazenda, entre as medidas que o governo está adotando para impedir uma queda maior do dólar está o corte de gastos públicos previsto para este ano, conforme determinação da presidente eleita, Dilma Rousseff. De acordo com Mantega, o corte de gastos públicos vai diminuir a demanda do Estado na economia brasileira, o que, segundo ele, vai permitir a redução da taxa de básica de juros da economia. Atualmente, os juros básicos estão em 10,75% ao ano. Em termos reais, ou seja, após o abatimento da inflação, os juros são os mais altos do planeta – fator que atrai aplicações para a economia brasileira e pressiona para baixo o dólar. (G1)

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