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Obras da pista do aeroporto ficarão prontas até dezembro, garante Infraero

Para devolver à população acreana um aeroporto de qualidade, o governador Tião Viana e os senadores Jorge Viana (PT) e Aníbal Diniz (PT) se reuniram na manhã de ontem (26) com diretores da Infraero e do Exército Brasileiro. O encontro foi marcado pela apresentação do plano de obras da pista de pouso e decolagem da Capital, além do compromisso de que os reparos serão finalizados o mais rápido possível. A Infraero garantiu a conclusão do serviço, no máximo, até dezembro. O grupo também discutiu alternativas para se ter um aeroporto que facilite o tráfego aéreo para o Acre.
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A reforma está sendo arcada pela Infraero e executada pelo Exército, através do convênio de R$ 4,4 milhões com o 7º BEC. Ao todo, mais de R$ 30,8 milhões serão investidos para reparar os 2.158 m das 3 partes da pista: as duas cabeceiras (600m cada) e o pátio central (960m). Por enquanto, só a 1ª margem está nos retoques finais. Já a 2ª passa por estudos, mas os reparos dela só começarão, de fato, em maio, quando passar a época das chuvas. Concluída a reforma, a pista terá uma sobrevida de 5 anos (até 2016).

Como as obras ficam paradas por conta das chuvas, o governador Tião Viana diz que a meta agora é agilizar o serviço e terminar de vez a 1ª cabeceira até o início de fevereiro. Com isso, ele conta que seria possível abrir 100% da pista durante o ‘inverno’ (até o fim de abril), amenizando os prejuízos para o povo. Isso porque é justamente esta margem (600m: 28% da pista) quase pronta que está interditada, o que provocou uma redução no tamanho de aviões que pousam aqui desde abril de 2010, quando a reforma começou.

“A população merece um aeroporto seguro e de qualidade. E o dever para garantir isso é destas sérias instituições que são a Infraero e o Exército. Por isso, o motivo desta reunião é para pedir mais celeridade na resolução destes problemas. Daqui para frente, é preciso ter certeza de que as obras serão realizadas em caráter emergencial para que o aeroporto fique pronto logo e a população não tenha de passar por transtornos maiores. O governo fará o que for preciso para agilizar essas obras”, ressalta o governador Tião Viana.

Segundo o superintendente regional do Noroeste, Rubem Ferreira Lima, e o diretor de operações da Infraero, Márcio Jordão, o cronograma para finalizar as reformas na pista está previsto para o final deste ano. Porém, devido à necessidade de atender a demanda local, as obras devem ser agilizadas, a fim de que sejam concluídas antes deste prazo. “Os contratempos (chuvas freqüentes, solo, etc) são muitos, mas precisamos avançar nosso cronograma para fazer uma recuperação mais célere e efetiva da pista”, diz Jordão.

Os diretores da Infraero revelam, ainda, que a pista é antiga (feita em 1998 e inaugurada em novembro de 99), foi construída num lugar com solo inadequado e já excedeu a data de vida útil. Assim, eles contam que é preciso levar em conta estas e muitas outras características específicas de segurança (capacidade, peso das aeronaves, etc) na hora de estabelecer os insumos certos para reconstruir a infra-estrutura asfáltico do aeroporto.
Para fazer tal serviço, o chefe do departamento de engenharia do Exército, general Ítalo Avena, explica que inicialmente 150 homens foram encarregados de efe-tuar o famoso ‘tapa-buraco’, seguido do recapeamento total da pista. A princípio, são realizados estudos para identificar os trechos mais críticos no asfalto e saber o ponto exato para ser cavado. A seguir, a área escavada (defeituosa) é substituída por 3 camadas diferentes de asfalto, sendo que cada um tem suas pecualiaridades. A primeira é mais rígida e tem espessura de 2 cm, a segunda é de Geogrelha (material sintético) e a terceira tem 7,5 cm (binder).

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Vôos internacional – Em virtude dos problemas na pista, o título de ‘Internacional’ do Aeroporto Plácido de Castro está ameaçado. É que com as atuais restrições de tamanho, os aviões maiores que fazem rotas internacionais não podem utilizar o complexo de Rio Branco como ponto de pouso. Após as reformas, outra luta da Infraero, segundo Márcio Jordão, deverá ser a devolução do status internacional, uma vez que tal definição depende exclusivamente de avaliações da Anac.         

O Acre precisa de um novo aeroporto?
O prazo de validade da pista do aeroporto era até 2010. Contudo, com a expansão do solo (fenômemo provocado pelas chuvas) do lugar onde ela foi construída, desde o final de 2008 começaram a surgir suas primeiras depressões. Em outras palavras, o solo inadequado reduziu em quase 2 anos o tempo de vida útil. Além disso, o espaço do aeroporto fica situado numa área bem afastada do Centro da cidade,  um desvio de rota  que sempre foi muito criticado pela população.

Diante disso, surge a dúvida: a Capital já não precisaria de um novo aeroporto?

Conforme o senador Jorge Viana, no momento a prioridade é acelerar a recuperação da pista ao máximo para poupar a população de continuar passando por problemas. A partir daí, ele prega que é preciso, sim, rever a área que abriga o aeroporto, para evitar que o povo acreano continue a passar por transtornos desta natureza no futuro. Como os aeroportos são de competência da Infraero, o senador  informa que caberá à empresa fazer os estudos que provem a necessidade ou não de fazer o complexo em outro local da cidade.

“A partir destes estudos, a Infraero faz um parecer técnico e o apresenta à Presidência da República, que decide se é preciso ou não destinar recursos para o aeroporto. Essa é uma questão que exigirá a nossa atenção espe-cial para fazer o melhor pelo Acre”, completa ele.

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