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Bibliotecas Virtuais


* Por Luiz Carlos Amorim

 Hoje, fazendo um expurgo na minha biblioteca, escolhendo livros que eu tinha em duplicata, livros meus que não foram vendidos porque tinham uma manchinha ou algum defeito pequeno de confecção e outros que eu já li e não vou ler de novo, para doar ao projeto Floripa Letrada, que os disponibiliza aos usuários do transporte coletivo, lembrei-me de uma matéria que vi na televisão, recentemente, sobre bibliotecas virtuais.

 É claro que as bibliotecas como as conhecemos hoje não vão acabar, as bibliotecas virtuais não vão substituí-las, mas já são realidade. E é claro que, apesar das novidades tecnológicas como os leitores e livros eletrônicos tipo I-pad, Kindle e tantos outros, o livro de papel impresso continuará existindo por muito e muito tempo.

 Mas as bibliotecas digitais estão aí, oferecendo livros para quem tem e-readers ou quiser lê-los na tela do computador, etc. A biblioteca da USP e a Biblioteca Nacional Digital, por exemplo, estão com grande parte de seu acervo digitalizados. Outras bibliotecas de grandes universidades também estão digitalizando seus acervos. A Escola Dante Aliguieri, de São Paulo, tem mais de sessenta mil livros já em versão digital.

 A Biblioteca Mundial da Unesco, que abriga obras do mundo inteiro, também oferece seu acervo digitalizado e disponível.

 Então a tendência para um futuro próximo é termos quase tudo o que já foi publicado transportado para a versão virtual e o que está sendo publicado e o que será publicado, sair com a versão tradicional impressa e outra digital.

 Já temos lojas de livros digitais, como a Amazon, no Brasil. As editoras estão vendendo também, via internet, seus livros digitais. Aliás, as grandes editoras já se organizaram e criaram uma Distribuidora de Livros Digitais. Os escritores, mesmo os alternativos, que fazem suas edições próprias, estão fazendo também uma edição digital quando publicam seus livros.

 Então podemos aproveitar as grandes bibliotecas digitais que nos oferecem grandes acervos em versão virtual, quase sempre gratuitamente, pois muita coisa não tem mais direito autoral.

 Se não tivermos o Kindle, um bom leitor de livros eletrônicos, pois não emite brilho, podemos ler os livros digitais na tela de nossos computadores, embora nossos olhos não tenham sido feitos para enfrentar o brilho intenso e a radiação por muito tempo. Mas não precisamos ler tudo de uma vez, podemos ler pequenos ou médios trechos de cada vez.

 E aproveitar, de um jeito ou de outro, a imensa gama de títulos que nos são oferecidos por lojas e bibliotecas virtuais. Embora saibamos que tão cedo não vamos desistir dos livros impressos em papel, amigo e companheiro fiel de tanto tempo.

 

*Luiz Carlos Amorim é Coordenador do Grupo Literário A ILHA em SC, com 30 anos de atividades e editor das Edições A ILHA, que publicam as revistas Suplemento LIterário A ILHA e Mirandum (Confraria de Quintana), além de mais de 50 livros. Editor de conteúdo do portal PROSA, POESIA & CIA. e autor de 26 livros de crônicas, contos e poemas, três deles publicados no exterior. Colaborador de revistas e jornais no Brasil e exterior – tem trabalhos publicados na Índia, Rússia, Grécia, Estados Unidos, Portugal, Espanha, Cuba, Argentina, Uruguai, Inglaterra, Espanha, Itália, Cabo Verde e outros, e obras traduzidas para o inglês, espanhol, bengalês, grego, russo, italiano -, além de colaborar com vários portais de informação e cultura na Internet, como Rio Total, Telescópio, Cronópios, Alla de Cuervo, Usina de Letras, etc.

 

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