Um grupo de advogados independentes protocolaram na Procuradoria Regional do Trabalho, na manhã de ontem, 23, uma representação com o objetivo de abrir procedimento preparatório com relação à situação dos trabalhadores haitianos refugiados no Brasil.
A medida visa beneficiar, sobretudo, os que se encontram na cidade de Brasiléia, (240 quilômetros de Rio Branco, na fronteira com a Bolívia).
O documento foi recebido pelas procuradoras do Trabalho, doutoras Marielle Rissanne Guerra Viana e Renata Nunes Fonseca, que presidiram uma reunião com os aludidos advogados, além dos representantes de uma comissão de apoio aos haitianos no Brasil.
Da Comissão de apoio aos haitianos faziam parte Elisama Maria de Lima, representando a Central de Articulação das Entidades de Saúde, o Prof. Gerson Albuquerque, representando a Ufac, Abrahim Farhat, Irmã Ester, da Caritas, Raimunda Bezerra, do Cedep e Maria da Luz França Maia, também da Ufac.
Os advogados fizeram um relato da atual situação dos haitianos na cidade de Brasiléia, destacando que são pessoas qualificadas profissionalmente e que se encontram com os documentos necessários à ocuparem postos de trabalho.
Irmã Ester, representante da Caritas, disse que a situação dos haitianos no Brasil é de absoluta legalidade. Todos são considerados refugiados no Brasil, portanto em condições de obterem trabalho legalmente.
Ao final da reunião ficou deliberado uma nova reunião a ser realizada no dia 14 de março de 2011, para a qual devem ser convocadas outras instituições, a fim de que num diálogo de instituições se possa encontrar novas formas de apoio aos haitianos flagelados pelo forte abalo sísmico de que foi vítima o Haiti.